Os olhos do poeta

Os meus olhos quando choram,

Choram pelos oprimidos,

Pois ninguém lhe dá ouvidos...

Choram porque também são gente,

Vendo os pobres indigentes,

Nas praças, sem esperança,

E choram pelas crianças,

Que morrem sem terem culpa,

Nessas imundas disputas...

Os meus olhos quando choram,

Choram pois sentem tristeza,

Vendo tantas fartas mesas,

Mas o peito é um aço frio,

Não sentem os pratos vazios,

Que batem na sua porta...

E choram, pela mãe natureza, lentamente

Sendo morta.

Alque

Alque
Enviado por Alque em 08/01/2017
Código do texto: T5875628
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