Agradecimento e pedido de desculpas  



        Agradeço, profundamente, aos amigos que neste ano de 2016 persistiram na leitura e nos comentários aos meus escritos. Aos que persistiram porque - admito, com bastante vergonha - muito pouco, quase nenhum retorno tiveram de minha parte, e por isso peço desculpas sinceras.
        Ano de fundíssimas transições este, em todos e em cada um dos sentidos. Minha terra pessoal há muito gira fora de eixo e por isso seus movimentos de rotação e de translação se fizeram demasiado confusos, águas e terras sofrendo alterações nos espaços ocupados, o que se acentuou muitíssimo em 2016: Eras que já vinham findando, em vias de extinção se não houver luta não apenas da minha parte, para mantê-las vivas, e isso se mostra  deveras difícil; e há lutos efetivos e dolorosos a purgar em mim.
Urge dizer que ano de uma luz especial, também. Seja como for não tenho, ainda, a mínima ideia de como será o próximo ciclo; não tenho qualquer ideia mesmo.
       Bem sei que isso tudo que escrevo aqui não serve como desculpa, já que boa parte dos brasileiros e dos habitantes deste mundo se encontra em situação análoga, com seus universos também fora de eixo... em tantos casos incomensuravelmente mais fora de eixo do que o meu... como, no Brasil, os milhões de desempregados... os doentes graves e terminais... os desesperados de toda sorte... bem como os fugitivos de Alepo (que HORROR, Senhor Deus!) assim também as vítimas e os fugitivos das outras guerras neste planeta inditoso. Ainda assim, se lhes for possível, amigos, aceitem minhas mais fundas e sinceras  escusas.
        Grande parte do que publiquei neste ano de 2016 foram coisas já escritas e publicadas antes; escritas novas se fizeram ariscas e voaram para longe, para fora do meu alcance, em especial no que se refere a poesia, e isso antecede bastante o ano de 2016.
        Tenho lido quase nada, quase nada, mesmo: nem revistas nem livros nem textos nem poemas, nas estantes e fora delas. Mea culpa, minha pobreza infinita.
        Talvez, quem sabe (e almejo que) 2017 marque o início efetivo de um tempo outro e melhor. É tudo o que espero para mim e para cada um de nós, bem como para os rumos do Brasil e do planeta.
Urge que se mantenha a esperança. Urge,sempre.
          Venho para pedir desculpas, amigos. E para lhes agradecer por tudo... por tudo.
           Abraço grande. Zuleika.