NASCEMOS PEDRA

Já na pedra, o Espírito tem o seu corpo espiritual com tamanho diminuto, talvez apenas Deus e Seus prepostos possam vê-lo. Dali ele passa para o reino vegetal e depois o animal. O seu mapa genético está ali, como um esboço. Assim, como uma semente, o Espírito vai caminhando na longa estrada da evolução e lutando para plasmar em sua veste, sua roupa, as formas humanas, latentes no Espírito, e no seu corpo espiritual, o perispírito. Vamos imaginar que em cada reino, ele, o Espírito, recebe um adorno em sua veste em formação. Em cada parada, que são os mundos onde o Espírito, ou melhor, o perispírito sofre a transformação, o Espírito terá de lutar para ir adiante, até chegar à condição de homem. Aí, a veste do Espírito, que é o perispírito, já está formada com a configuração humana.

Quem trabalhou para que isso viesse acontecer foi o próprio Espírito do homem, e não Deus. O Pai apenas não deixou nenhum filho órfão, colocando ao lado de cada um, Espíritos que muito ajudaram no caminho da evolução. O homem não teria mérito se Deus já o criasse homem feito. Não, como Deus é um Espírito imortal,

Ele também desejou que cada filho Seu tivesse capacidade de criar algo que jamais seria destruído: o perispírito. Contudo, infelizmente, o homem brinca com ele, deformando-o, fere-o, mas um dia o alfaiate da veste perispiritual, o Espírito, vai lutar para transformá-la em um belo traje nupcial, quando ele, o homem, terá de comparecer às bodas, ocasião em que o Cristo receberá o planeta regenerado.

Quem está deformando o perispírito, a veste perispiritual, abusando do seu livre arbítrio, odiando, vivendo na ganância, não respeitando a vida, estes serão deportados para um outro planeta, para tentar de novo. Terão de conviver com as dificuldades, mas também deterão a incumbência de fazer progredir o planeta atrasado. É como se o Espírito criado fosse um péssimo costureiro, não fazendo jus à confiança que Deus depositou nele, oferecendo um belo trabalho: o de usar a inteligência e com humildade ouvir dos seus protetores os conselhos, pois Deus sempre dá ao Espírito em evolução excelentes mestres, mas, infelizmente, nós nunca escutamos os que desejam a nossa evolução, e a cada dia retardamos o momento de nossa formatura, quando receberemos o diploma pelo mérito de ter lutado para dar alegria a Deus, nosso amado Pai.

Os encarnados deveriam preocupar-se com suas ações, pois o perispírito é o ‘disquete’ do Espírito, no qual tudo fica gravado. A reencarnação é uma realidade que obedece às leis da Natureza. A reencarnação é a oportunidade que o Espírito tem de saldar suas dívidas, não com Deus, pois o Pai Todo poderoso, jamais cobrará um de Seus filhos, mas para embelezar sua veste. O homem é que procura a alegria, a dor, o desespero. Se o Espírito for doce e obediente às leis de Deus, sua veste, o perispírito, não se deformará, ficará mais alvo, e ocupará as melhores moradas da Casa do Pai.

Roberto Valverde
Enviado por Roberto Valverde em 22/10/2016
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