NEGAR QUE O CONTO INFANTIL DE...

Negar que o conto infantil do francês Charles Perrault, encantou, encanta e encantará ainda muitas gerações, tanto de crianças como adultos, não podemos, entretanto, negar que este conto de fada, carrega consigo , ao meu ver uma grande incoerência, eu pelo menos eu, não posso negar...

Quando ainda era muito jovem, época em que comecei a assistir por diversas vezes esta estória infantil, tremendamente encantadora, percebi uma coisa muito curiosa no que diz respeito ao famoso SAPATINHO DE CRISTAL. Ora, uma das inúmeras recomendações que a fada madrinha dela(Cinderela) fez a sua afilhada, foi sair do tal 'baile' no palácio ,antes da meia-noite,pois, estaria sujeita a uma tremenda decepção uma vez que todo seu aparato, tais como:Carruagem;cavalo ;cocheiro; sapatos; seu vestido, etc eram simplesmente um embuste num bom sentido da palavra.

A Cinderela foi gostando da festa, pois, estava recebendo muita atenção por parte do príncipe , cujo ,a chamou para dançar, atividade esta que era o sonho de todas a moças donzelas do reino, não se dando por conta do passar da hora, de repente faltavam alguns minutinhos para a meia-noite, então ela desesperada , se lembrando das rigorosas recomendações de sua fada madrinha, foi se afastando do príncipe de maneira bastante afobada e terminou por deixar , acidentalmente no salão de dança , um dos sapatos de cristal ,que tinha caído do seu pé.

Quando o relógio marcava meia-noite, ela já um pouco distante do palácio, a carruagem volta a ser uma abóbora; o cavalo voltou a ser um ratinho o cocheiro voltou a ser o que era antes; seu vestido volta a ser trapos de antes...

Agora, por quê o SAPATINHO DE CRISTAL, mesmo depois da meia-noite continuou sendo sapato de cristaL. , se o encanto terminava as meia-noite ? e todos os outros item retornaram ao que eram. Até mesmo o outro par do sapatinho de cristal , voltou a ser SIMPLES ALPARCAS.Como todos nós sabemos que "A cabeça da pessoa não é só pra usar chapéu e separar as 'ORELHAS', é também para pensar , foi aí que comecei a ser mais crítico...