educere

No jardim da infância, sementes são lançadas,

Na adolescência, vemos suas formas moldadas.

Resistência forjada, exigências da mente,

Ecoam as vozes de um sistema persistente.

Educação, palavra de múltiplas faces,

Disciplina e compulsão, em seus laços, laços.

Matemática estagnada, potencial reduzido,

Nossos filhos, em conceitos complicados, perdidos.

Não liberto para libertar, mas sim para controlar,

Buscando ordem, mas nos regalos não posso encontrar.

No pódio do ódio, paradoxo inevitável,

Criamos regras para um 'livre' imaginável.

Cheios de livros, buscando parar o declive,

Esquecemos a criança que um dia fomos, oh, tão breve.

Neste labirinto de prédios, frustrações acumuladas,

Buscamos remédios, contra instintos, batalhas travadas.

Rio, símbolo universal, água para todos sacia,

Mas a vida é um novelo, em ruas e vielas, se desfia.

Jovens armados, realidades distintas,

Não cabe julgar, são vítimas das mesmas pistas.

Comodismo confortável, na ignorância nos perdemos,

“Só sei que nada sei”, mas ainda assim não aprendemos.

Como educar, se a realidade é um conceito distante?

Se falhamos em ser humanos, como sermos tolerantes?

Maldita falta de afeto, que nos deixa infectados,

Ideias futuristas tornam o homem isolado.

Libertem o amor, eduquem com esperança,

Para que as novas gerações não repitam as falhas, danças.