As pessoas que conheci
Às vezes me pego pensando nas pessoas que passaram pela minha vida.
Há pessoas que passam e quando se vão nem deixam saudade, nem deixam grandes recordações, nem deixam marcas visíveis. Chamaria essas de “pessoas que passaram”.
Há outras que passam e deixam o rastro de boas lembranças, de bons sentimentos, de abraços quentinhos, de sorrisos espontâneos e contagiantes. E deixam tanta saudade quando se vão. Chamaria essas de “pessoas que ficam, que ficam sempre nas melhores memórias”.
Há outras ainda que passam, deixam muitas marcas, muitos momentos, muitas esperanças, muitos “quases”, muitas coisas inconclusas. Além de passar e deixar coisas, elas também tiram algo de nós, talvez um sonho, ou sorriso, ou uma lágrima, ou uma esperança, ou a inocência, enfim, tiram algo que era tão nosso e carregam para longe. Chamaria de “pessoas que passaram e tiraram”.
A vida é cheia de encontros e despedidas. E quero levar dos encontros o que há de melhor em cada pessoa que conheci. Quero guardar os cheiros, os abraços, os “gosto de você”, a vivência... um pouco de cada pessoa. Para que nas despedidas a saudade possa ser regada pelo o que de bom as pessoas deixaram.
E que onde nos foi tirado algo nasça uma doçura contagiante, um sorriso envolvente, uma voz que acalme, um olhar que seduza, um cheiro que suavize, um beijo que alegre.