AUTO-CONHECIMENTO
Se eu não conhecer os meus motivos, as minhas intenções, o meu fundo de formação, os meus pensamentos, sentimentos particulares, como poderei concordar ou discordar com o outro? Como poderei avaliar ou estabelecer a minha relação com outra pessoa? Como poderei descobrir qualquer coisa da vida se não me conheço a mim mesmo? E conhecer a mim mesmo é uma tarefa enorme, que requer observação constante, uma vigilância meditativa.
Esta é nossa primeira tarefa, mesmo anterior à questão da guerra e da paz, dos conflitos económicos e sociais, da morte e da imortalidade. Estas questões vão surgir, elas hão de surgir, mas pela descoberta de nós mesmos, pelo entendimento de nós mesmos, estas questões serão respondidas corretamente. Assim, aqueles que são realmente sérios nestas questões devem começar por eles mesmos, a fim de entender o mundo do qual fazem parte. Sem se compreenderem a si mesmo vocês não poderão entender o todo. O auto-conhecimento é o começo da sabedoria. É cultivado pela busca individual de si mesmo. Não estou a colocar o indivíduo em oposição à massa. Eles não estão em antítese. Você é a massa, o indivíduo é o resultado da massa. Em nós, como você vai descobrir se penetrar nisso profundamente, encontra-se a multiplicidade e o particular. É como um córrego que está constantemente a fluir, formando pequenos redemoinhos, e a estes redemoinhos chamamos de individualidade, todavia eles são o resultado desse constante fluxo de água. Seus pensamentos e sentimentos, aquelas atividades mentais e emocionais, não serão o resultado do passado, daquilo a que chamamos multiplicidade? Você não terá pensamentos e sentimentos similares aos do seu vizinho? Assim, quando falo do indivíduo, não o estou colocando em oposição à massa, ao colectivo. Ao contrário, quero remover este antagonismo. Este antagonismo que coloca a massa em oposição a si, indivíduo, cria confusão e conflito, crueldade e miséria. Mas se pudermos entender de que forma o indivíduo – você - é parte do todo, não apenas de modo místico, mas realmente, então libertar-nos-emos de modo feliz e espontâneo, da maior parte do desejo de competir, de ter sucesso, de iludir, de oprimir, de sermos cruéis, ou de nos tornarmos seguidores ou líderes. Então encararemos o problema da existência de modo diferente. E é importante entender isso profundamente. Enquanto nos conceituarmos como indivíduos, separados do todo, competindo, obstruindo, sistematicamente em oposição, a sacrificar o colectivo pelo particular, ou a sacrificar o particular pelo colectivo, todos aqueles problemas que surgem deste conflituoso antagonismo não terão solução feliz e duradoura, porquanto são o resultado de um pensar/sentir incorrecto.
Se eu não conhecer os meus motivos, as minhas intenções, o meu fundo de formação, os meus pensamentos, sentimentos particulares, como poderei concordar ou discordar com o outro? Como poderei avaliar ou estabelecer a minha relação com outra pessoa? Como poderei descobrir qualquer coisa da vida se não me conheço a mim mesmo? E conhecer a mim mesmo é uma tarefa enorme, que requer observação constante, uma vigilância meditativa.
Esta é nossa primeira tarefa, mesmo anterior à questão da guerra e da paz, dos conflitos económicos e sociais, da morte e da imortalidade. Estas questões vão surgir, elas hão de surgir, mas pela descoberta de nós mesmos, pelo entendimento de nós mesmos, estas questões serão respondidas corretamente. Assim, aqueles que são realmente sérios nestas questões devem começar por eles mesmos, a fim de entender o mundo do qual fazem parte. Sem se compreenderem a si mesmo vocês não poderão entender o todo. O auto-conhecimento é o começo da sabedoria. É cultivado pela busca individual de si mesmo. Não estou a colocar o indivíduo em oposição à massa. Eles não estão em antítese. Você é a massa, o indivíduo é o resultado da massa. Em nós, como você vai descobrir se penetrar nisso profundamente, encontra-se a multiplicidade e o particular. É como um córrego que está constantemente a fluir, formando pequenos redemoinhos, e a estes redemoinhos chamamos de individualidade, todavia eles são o resultado desse constante fluxo de água. Seus pensamentos e sentimentos, aquelas atividades mentais e emocionais, não serão o resultado do passado, daquilo a que chamamos multiplicidade? Você não terá pensamentos e sentimentos similares aos do seu vizinho? Assim, quando falo do indivíduo, não o estou colocando em oposição à massa, ao colectivo. Ao contrário, quero remover este antagonismo. Este antagonismo que coloca a massa em oposição a si, indivíduo, cria confusão e conflito, crueldade e miséria. Mas se pudermos entender de que forma o indivíduo – você - é parte do todo, não apenas de modo místico, mas realmente, então libertar-nos-emos de modo feliz e espontâneo, da maior parte do desejo de competir, de ter sucesso, de iludir, de oprimir, de sermos cruéis, ou de nos tornarmos seguidores ou líderes. Então encararemos o problema da existência de modo diferente. E é importante entender isso profundamente. Enquanto nos conceituarmos como indivíduos, separados do todo, competindo, obstruindo, sistematicamente em oposição, a sacrificar o colectivo pelo particular, ou a sacrificar o particular pelo colectivo, todos aqueles problemas que surgem deste conflituoso antagonismo não terão solução feliz e duradoura, porquanto são o resultado de um pensar/sentir incorrecto.