O BOLO DA CONFRATERNIDADE

Realmente, poetamiga, me apercebo que a dedicação em participar de meu perfil na rede social, no RL e na página da Oficina do Verso no Facebook, tem ajudado em muito tua desenvoltura no ato de escrever e tal já se pode notar na qualidade do texto. Teu discurso está mais informal, mais rico em palavras e mais focado no tema a ser digerido. Para quem se dizia, há uns cinco meses, apenas uma diletante, os resultados desta experimentação são altamente favoráveis. E é este experimentar permanente que faz o bom escriba... Parece-me terás de sofrenar este impulso de publicar poemas que ainda não tem a sua completude, como tu fizeste há dias passados, na capa do Facebook. Publicaste somente a primeira parte de um poema e tiveste a franqueza (ou a cara de pau?) de dizer que depois publicarias o restante do poema... Só pra pensares, vai uma alegoria: o poema é um boneco e o queres transformar num bonito corpo, pela arte dando-lhe a vida, e o queres entregar a alguém como homenagem estética, vais agir como um "jack estripador", entregando este corpo em partes? O poema não é como um bolo que se distribui em fatias... Risos! Lembra que o poema (com Poesia) é uma peça única e singular e só deve ir a público depois de devidamente transpirado, revisado. Tenta controlar a tua compulsão em publicar, ao menos em relação ao poema, para que este realmente contenha Poesia! Grato, muito obrigado por tua imediata participação ao pé de meus textos, no Face e no Recanto das Letras. Esta "união" entre os escribas é sempre muito proveitosa. Porém, não deixes de ler, ler e mais ler e consumir – estudando – especialmente alguns poemas de autores consagrados, à tua escolha. Lembra-te que do "nada nasce o nada"...

– Do livro OFICINA DO VERSO, 2015/16.

http://www.recantodasletras.com.br/mensagens/5559740