Ótica e sensibilidade

Distorções e deficiências visuais esbarram na oftalmologia: miopia, estrabismo, hipermetropia, catarata, astigmatismo...devemos ver o mundo, como ele se nos desenha.

Técnicas, avanços e aparelhos medem, dimensionam e equacionam nossas dificuldades, ou seja, enquadram a anomalia dentro de recursos cabíveis à devida correção. e pronto, você está vendo, com acuidade, o mundo.

Não se atenha à lógica, ao óbvio, a aquilo que está à tona, todo um aparato médico e terapeutico se coloca à sua disposição; infiltre-se, busque o cerne, vá à medula, busque ver a essência:

Você viu se a pessoa que nasceu, encontra-se perfeitamente compatível à legenda, que mensura um sadio desenvolvimento, físico e moral?

Se a pessoa que convive com você tem noções sólidas de sociedade, e divide um espaço, de forma aceitável e honesta com você?

Você observa se essa pessoa é uma pessoa, ou apenas um vulto, que ocupa espaço?

Tem noção exata da indulgência que dispensa às pessoas amadas, e se até não tem sido condescendente demais, com você mesmo?

Tem colocado em prática, e exigido resultados, os códigos que norteiam os realacionamentos?

O cajado que ampara, também é mostrado como seta de orientação? A você, e ao rebanho?

Não só o oftalmologista lhe traz o conforto visual, busque na sensibilidade o mecanismo ideal para você ver, caso contrário, estará só vendo, mas não enxergando o mundo.

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 21/08/2015
Reeditado em 17/12/2015
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