ESTRATÉGIA - TRAZER O FUTURO PARA O PRESENTE
ESTRATÉGIA - TRAZER O FUTURO PARA O PRESENTE
Repensar a empresa constantemente é condição para mantê-la jovem, ágil e competitiva. Essa é a base de um crescimento sustentável. A estratégia empresarial deve ter em seu âmago a redefinição e o repensar da concepção do negócio. Esta mudança é fundamental para a diferenciação e antecipação das prioridades e, concomitantemente, para antecipar-se à concorrência. Ao repensar seu negócio, a empresa tem a oportunidade de questionar os seus serviços, estrutura, processos internos, cultura, clientes, perfis profissionais, mercado de atuação, foco e ações. Com esta prática, naturalmente surgem inúmeras possibilidades ainda não vislumbradas, tendo como norte a sustentabilidade da empresa. Não importa o quanto já foi feito - a evolução dos concorrentes ou a crise do mercado - sempre é possível criar o novo, redefinir conceitos, imprimir tendências e crescer quando todos parecem estar retrocedendo.
A mente, a motivação dos executivos e profissionais em estratégia não deve ter limites. É fundamental soltar-se das amarras do que é a empresa hoje para se conseguir imaginar o amanhã diferente, baseado em uma visão compartilhada, entendida e desejada pela maioria dos acionistas e profissionais.
As empresas são criadas para superarem gerações e serem perpétuas. Mas acabam quase sempre precocemente, na maioria das vezes, porque não se efetua o exercício estratégico de repensar constantemente o que se faz, como faz, por que faz, para quem faz, e quando faz. Destas indagações uma das mais importantes é o porquê. Grandes partes dos gestores esquecem de identificar o porquê por trás de cada aprovação ou rejeição de idéias. Ou mesmo o porquê da falta destas idéias, seja quando olha para o que já foi feito, ou ainda quando se faz o contraponto com o concorrente. A ausência deste exercício leva as empresas, sem perceberem, ao vale das empresas destinadas ao fracasso e a morte. Este exercício, quando realizado, possibilita naturalmente a criação de novos mercados, novos serviços, porque a estratégia deixa de ser uma obrigação que consta no plano de ação e passa a fazer parte das entranhas organizacionais. Com isso, cada um sabe o seu papel e o encara conscientemente como desafio constante, necessário e válido. Atrelada a esta consciência, está a vontade voraz de ser melhor, mais eficiente e, principalmente, criando um ciclo virtuoso de mudança. Essas atitudes devem ser dissecadas por tipo de empresa e mercado de atuação, respeitando os aspectos culturais. Não basta replicar a visão do grupo sobre todas as empresas, porque as peculiaridades de cada organização revelam suas identidades que as tornam únicas. Por isso, não podem ser generalizadas. O que realmente importa em estratégia empresarial é o conceito do negócio atrelado ao processo de criação de estratégias. Trazer o futuro para o presente é a grande jogada.“O que eu temo não é a estratégia do inimigo, mas os nossos erros". Péricles, filósofo, GRE, 499-429 aC - Publicado em jan/06 jornal Opovo Fortaleza