Rotular
Vitórias, chegadas, superações justificam as prendas, as honras e o pódio; o final vitorioso faz apologia do herói. A largada e o percurso acontecem para todos, e diluem-se na narrativa.
O filme tem um início masmorrento, bocejos e monotonia, além das expressões de desagrado, anunciam a largada para uma programação... de quem não tem outra opção.
O personagem central começa a mostrar seus propósitos, descabidos na primeira impressão que ele passou; os vínculos passam a ser montados, atrelando figuras conflitantes.
Emoções começam a emergir em situações presumidamente beligerantes, entre pessoas antagônicas.
Uma sucessão de carinho e imprevisibilidade, dada a montagem do cenário, que anunciava clichês e presunções. A teia incorpora a plateia que já vivenciou momentos correlatos; similar ao mundo real, o desenrolar nos conta e nos ensina alternativas plausíveis.
O fim não é desejado, a trama deve continuar, até que todos tenham tempo de agradecer, por terem permanecidos no roteiro, sem que tenham se deixado levar pelo enfadonho, inicialmente, anunciado, e, sobretudo, por terem ignorado o rótulo, e vivido a experiência até o final