Somos filhos de uma pátria ferida.
 
Maltratam bastante nosso lindo país.
Esses safardanas não honram seus mandatos, esquecem as promessas, chantageiam o Executivo, querem as maracutaias livres, envergonham a nação, triste Brasil, hoje sem rumo, sem cor, sem brilho.
 
Nessa quarta o ex-presidente Collor tentou se defender e, num instante, sussurrou a frase “filho da p...”.
Rodrigo Janot não foi o único alvo da ofensa desmedida.
A frase vil e imunda não agride apenas o nobre procurador.
 
Quando levamos ao tapete poderoso os canalhas, renovando o direito de quem saiu usando a porta dos fundos, as frases demais absurdas nós permitimos pronunciar.
 
* Porque os perigosos bandidos posam como mocinhos, nossos jovens deixaram de sonhar, apagaram a luz do olhar esperançoso, frearam os passos incertos, valorosos e confiantes.
Porque os pilantras ousam explicar seus crimes, minha canção nunca eu farei avançar, a letra preferi riscar e a gostosa melodia parece pouco encantar.
Porque a pátria da qual filho eu também sou, filho da paz ignorada, da perfeição tão desejada, da prudência que desprezam, dá aos filhos da podridão enorme espaço, outros filhos nascerão, chorarão, lastimarão os desmandos e as frases jamais inspiradas pela gentil poesia, filhas suas certamente não são.
 
* Otimista imagino o porvir reviver o doce sabor, a melhor fruta, pedindo a alguém, aflito, escuta, prova que, superando o fundo, a sombria gruta, você vencerá, repetirá Sócrates, bebendo a cicuta, fazendo valer a pena seguir a senda justa, bom filho o qual labuta e luta.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 06/08/2015
Reeditado em 06/08/2015
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