HOJE SOU.
Hoje eu prefiro o farfalhar das folhas ao vento de uma tarde de sol, do que o barulho estridente de músicas neuróticas.
Hoje eu prefiro o perfume e a beleza das flores, do que o aroma de fragrâncias artificiais e da pintura excessiva dos vaidosos.
Hoje eu prefiro a paz da luz do luar, do que as luzes pulsantes das festas e baladas com pessoas vazias, preenchidas de maus sentimentos e desejos fúteis.
Hoje eu prezo muitíssimo mais o clarão do sol nas manhãs primaveris do que qualquer espetáculo criado pelo dinheiro dos empreendedores iludidos pelo lucro falso.
Hoje, devo confessar, sou mais essência do que a matéria estragada de meu corpo decrépito.
Sinto-me muito afagado pelo simples sorriso de uma inocente criança.
Comovo-me, às lágrimas, com sentimentos puros de gratidão.
Preenche-me de alegria, qualquer gesto de bondade.
Sinto-me feliz, pelo simples fato de conviver com pessoas educadas e gentis.
Encontro-me, enfim, completamente realizado por ser, humildemente, humano.