OFICINA DO VIVER

Sou grato a todos os curtidores e comentaristas, nestes 10 anos de publicações no Recanto das Letras e mais de seiscentos mil acessos. Também nas redes sociais, em especial no Facebook - alguns hoje estimados amigos - dentre os quais muitos poetas-leitores e poetas-autores, escritores de alta sensibilidade para aturarem ganas e loucuras de recriações da matéria da vida, farsas e fantasias com o fito de vencer as hostilidades que o mundo dos fatos fustiga cotidianamente. Toda esta reverência é forte estímulo que causa muito prazer e gozo para continuar na senda da investigação poética e seus rincões de perplexidades, fazendo deste exercício razão maior de temperança no convívio. Sem a Poética e seus entornos não sei se ainda teria estímulo para viver na paz das necessárias inquietações e continuar sentindo o menino com o gosto das guloseimas no palatino das memórias. A intensidade de ter o que fazer com o que dói (e transmutá-lo) cicatriza as feridas, minimiza o olhar da indignação e da impotência, para destroçar – num átimo – os imortais ciclopes que nos martirizam e se apresentam como o desafio na próxima esquina. Arriba, perpetuadores da memória viva – augustos oficineiros do Verso!

– Do livro OFICINA DO VERSO, 2015.

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