O próximo
 
Leitura Bíblica Lucas 10. 25-37
 
Certa ocasião, ainda antes de entregar minha vida a Deus, eu vinha caminhando na rua com um amigo quando vimos um homem caído na calçada, espumando pela boca. Aquilo me sensibilizou e liguei de um orelhão para o pronto-socorro, pedindo ajuda. Aí meu companheiro me disse: “Estás dando uma de bom samaritano”. Eu nunca imaginaria que estivesse falando dessa história que Jesus contou a um mestre da lei, mas ela é tão conhecida porque é muito expressiva e traz um recado importante para nós.
 
Penso que tanto aquele mestre da lei como o sacerdote, o levita e o samaritano são retratos daquilo que nós também somos. O mestre da lei representa as pessoas que estudam e sabem o que Deus quer delas, mas ficam somente na teoria, não praticam o que aprenderam, contentam-se consigo mesmas e assim caem em contradição. O sacerdote é o líder religioso que se acha importante e acaba sendo vitima do seu orgulho. O levita, imagino, representa as pessoas para quem parece suficiente seguir formalidades religiosas, como freqüentar uma igreja ou observar algumas regras, mas que se afastam de quem realmente precisa do seu amor.
 
O samaritano é aquele que nos surpreende, prestando auxilio ao próximo. Todos nós temos momentos em que um ser humano ferido necessita de uma resposta às suas necessidades, e então precisamos deixar de ser mestres, sacerdotes ou levitas para transformar-nos em samaritanos – e não importa para quem seja – aliás, muitas vezes não será aquele que achamos mais simpático.
 
Receber o amor a Deus e também amá-lo é vital para nós – sem esse amor, mesmo obras de caridade não terão valor, mas se estas não existirem, aquilo que chamamos de amor a Deus será falso, conforme diz o seguinte versículo: Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem ama não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus a quem não vê (1 João 4.20). Portanto, ser “samaritano” também é indispensável!. Elias Torres 
 
Com o amor de Deus não se escolhe a quem amar.