Nem a morte rompe
As pessoas se esquecem rápido demais de suas promessas, dando às relações (sejam elas quais forem) uma data de validade cada vez menor. Quando conhecem outras, omitem o que deveria ser importante; tudo aquilo que determinaria a duração, ou que influenciaria no seu início. Visto que temos, além de um passado, defeitos que, às vezes, são inaceitáveis, imutáveis. Características que dificilmente são mudadas, já que cada um tem sua própria natureza, sua essência. De nada adianta querer trazer, ou mesmo manter, ao nosso lado, aquilo ou quem não nos cabe; quem nada vai nos acrescentar. O mal de hoje é as pessoas não se amarem; às vezes e, muitas das vezes, sequer se conhecerem. E desejarem que isso seja possível com outras. Há momentos, claro, que bate uma carência e/ou falta violentas. Mas por hora, acredito mesmo ser melhor ir até o mais profundo de mim, tentar me conhecer um pouco melhor, amar a mim mesmo um pouco (ou muito) mais. E assim, no fim, ou em um novo recomeço, poder dizer que, finalmente, estou preparado pra voltar a dividir meus sonhos, meus planos e até mesmo os meus medos, com alguém que de fato vá me merecer, me compreender e querer, de uma vez por todas, ficar sempre do meu lado. Independente de tudo e, sobretudo, de todos que torcerem contra. A inveja, o desamor, ainda são enormes. Na minha vida, somente um sentimento foi e é maior do que toda a negatividade que me cerca: o de minha mãe por mim. Hoje essa é a minha única certeza absoluta. Sinceramente, saber desse enorme amor, já me basta.