DA DISCUSSÃO NASCE A LUZ

Prezada confreira! A divergência que ora aparece é meramente conceitual e orienta-se como postura analítica ao teu questionamento nascido no Facebook. E expendo a minha versão, humildemente. Como autores, podemos e até devemos ter posições antagônicas ou antitéticas, pois somos duas cabeças e cada criatura humana é um universo peculiar. Agradeço, honrado e penhorado, por tuas inteligentes e positivas interlocuções. Poucos confrades, nesta comunidade, se expõem ao diálogo sobre a temática literária, por esta razão tens o meu apreço e admiração. Tu és a “Joaninha do Passo Certo”, sempre buscando caminhos para o aprimoramento. Posso discordar de teus conceitos estéticos, mas sempre respeitarei tuas posições, porque somamos ao divergir. E cresceremos sempre. Quem não se expõe à consideração e ao crivo de seus amigos, especialmente os seus irmãos de ofício – na teoria conceptual e na construção poéticas – dificilmente conseguirá amadurecer e produzir novos frutos estéticos. Fará sempre a mesma coisa e cairá no lugar comum da mediocridade. Fico com Nelson Rodrigues: a unanimidade é burra... Reitero meu respeito à tua obra e a ti como pessoa. Sou incisivo na minha pena. Isto faz parte de meu ofício como analista literário. Perdão se alguma vez deixei espaço para que pensasses que eu agiria buscando o teu menoscabo. Não é de meu feitio criticar pessoas, e sim o produto estético por elas produzido, sempre desejando que obtenhamos o melhor para agraciar o leitor/ receptor. E tenho conseguido revelar e trazer à cena literária geral e ao associativismo, muitos talentos desconhecidos, mercê de seus méritos e talentos. Obrigado por tuas divergências. Sempre saio acrescido quando a luz se faz...

– Do livro O CAPITAL DA PALAVRA, 2014/15.

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