Guerra e Paz...

Quem é mais forte

Quem tem direito

Quem decide a morte

E o preconceito?

Pensamentos mil,

Povoam a Terra...

E um simples fuzil,

Começa a guerra

Para decidir

Quem é mais forte

Quem tem direito

Quem decide a morte

E o preconceito.

São razões diversas,

Que fazem pensar

Que além do que se tem...

Mais se pode conquistar.

Se temos mares,

Queremos explorar...

Se temos mais terras,

Queremos colonizar...

Se temos mais povos,

Queremos dominar...

Se temos outras raças,

Queremos exterminar...

Se temos armas,

Queremos usar...

Não importa a quem,

Iremos matar.

Generais fardados, Almirantes, Marechais.

Comandam tropas e tudo mais...

Defendendo interesses

Que não são gerais,

Mas sim de uma classe que nunca perde

E até ganha mais.

Caminhões blindados, submarinos, aviões,

Bomba atômica, exército e canhões...

Determinam a força

De algumas nações.

Enquanto noutras...

A própria miséria

A que subjugam o povo,

É uma guerra interna...

Que mata de novo.

E para onde vão nossas esperanças

Diante da morte de nossas crianças

Que sequer entendem de ideologia,

De poder, de orgulho

E de hegemonia?

São pulmões doentes, esfacelados...

Frutos da radiação - de um cogumelo,

Que cresceu acima...

De um simples campo

Lá em Hiroshima.

São milhões de neuroses

Que vagam vãs...

Que nos trazem à tona,

Os Vietnãs...

São pés descalços,

Dilacerados...

Enfrentando canhões,

Caminhões blindados.

São a fome e a dor,

E a impotência...

Trazendo o caos,

E a decadência.

Enquanto paralelo,

Corre o poder...

O luxo da vida

E o prazer...

de uma pequena casta,

que nada vai perder.

E o povo?

O povo foge, espavorido...

Pois não vê na causa,

Qualquer sentido...

Pois não decidiram,

Virar bandidos...

Matando irmãos,

Desprotegidos.

Onde vão nossas esperanças

De crescer na vida...

Se nossas conquistas...

São sempre tolhidas,

Com possibilidades

De ver nossos filhos

Morrendo nos braços

De suicidas...

Que obedecem ordens,

Enlouquecidas...

De arrasar o mundo

E roubarem vidas?

Onde vão, então...

Nossas esperanças?

Talvez bem aquém...

d´onde poderiam ir,

se o Homem voltasse

a se unir

e a pregar a paz,

como um ideal...

acabando com a guerra

enquanto ainda há tempo,

semeando nos campos

o alimento...

necessário à sobrevivência

e, ao sustento,

de todos os povos...

que morrem famintos,

na guerra da vida

que mata tantos

e já é demais...

e que um dia poderá

se tornar mundial...

afetando até os generais

acabem, portanto,

com tantas guerras

e semeiem a paz.

Anélio "Rodrigo di Freitas"