As vezes oito as vezes oitenta (bipolar)

Às vezes oito às vezes oitenta

Por dias são lagrimas sem causa, apenas lagrimas

Noutros o riso faz companhia atirando flores e perfume

Do nada em meio à grande multidão a solidão desperta

Dias vira noites tenebrosas, embargadas num véu escuro e amargo

Um amargor que dói e corrói as mais fortes das esperanças

Um sentimento de abandono e a busca da paz na sorte da morte

De repente o frescor do orvalho dá entrada num brilho majestoso

É o sol, o senhor sol iluminando e desenhando na alma um grande sorriso

O preto vira azul, a sombra sem lamentos traz paz e tranqüilidade

É a harmonia de novo, possuindo a mente desgastada pela loucura

É vontade de abraçar de amar e se doar, é olhar e ver o horizonte

Assim segue a vida até que se comecem tudo de novo

Às vezes oito às vezes oitenta.