SER OU TER
Você tem e não reconhece, usa, abusa sem dar conta do desperdício. Adquire como necessário o supérfluo que em nada agrega, simplesmente o mantém em alta, esbanja, ostenta para mostrar status, que pode, que é melhor, maior, poderoso.
Surpresas acontecem e numa dessa você cai na real e entende quão idiota tem sido.
Sabe aquelas facilidades, gentilezas, amizades, romances, puro interesse, hoje você confirma que não passava de técnicas para explorar tudo que exageradamente você queria ter por ter.
Quem é, é. Não se preocupa com “coisas”, não se permite influências de algo que em nada acrescenta. Pode até ter, mas, continua sendo.
Deve ser difícil mudar para quem sempre viveu enganado, ignorar aquilo que sempre sustentou sua vaidade, seu egoísmo, pensa que tudo ao seu redor tem a ver com seu modo de viver, o que na maioria dos casos não ocorre, aqueles supostos amigos são interesseiros e querem apenas desfrutar da situação, portanto, se decidir mudar e conseguir, possivelmente essas amizades se afastará do seu meio, também nem interessa manter, não é?
Tudo em nossa vida cabe exclusivamente a nós a condução, opções existem, a escolha é nossa, claro que cada decisão leva para um destino ou futuro, portanto, responsabilidade e inteligência são indispensáveis para assumirmos nossas atitudes.
Para quem já tem escola e experiência de vida descobriu que a nossa passagem por aqui é rápida, quando nos damos conta já somos adultos, formadores de família, etc.
A nossa felicidade está casada com momentos, não perca tempo, viva, esteja de bem primeiro contigo e também com todos aqueles que pertencem ao seu meio, não deixe que o sucesso suba a sua cabeça e te direcione para uma vida de mentira, fique com os pés no solo, sorria, cumprimente, respeite as pessoas, em troca você será reconhecido de fato, também será respeitado e admirado.
Você pode ter o que achar que precisa e ainda assim ser gente, olhar para os outros, acolher alguém, abraçar, estender as mãos.
A verdadeira razão da nossa vida está nas pequenas coisas, nas coisas simples, só que não se trata de representação, temos que viver isso, numa dificuldade você vai confirmar quanto isso é real, sabe aquela chuva que você não tomou? Aquele sorvete que você não chupou? Aquele por do sol que você não assistiu? Aquele “eu te amo” que você não expressou? Aquele abraço que você não deu? Aquele beijo, aquele aceno, aquela vez que você engoliu seu choro, é isso, libere essas sensações, não reprima suas emoções verdadeiras, não represente, não crie um personagem, seja você mesmo.
Vladis