da dor de ser poeta...
Aprendi a escrever sobre a dor para que ela doa menos em mim e se esgarce no papel, derramando o fel e a tempestade do meu peito. Eu escrevo para aproximar a cura daquilo que é incurável, para minimizar o suplício da necessidade da súplica. Não sou triste porque dói. Sou poeta porque dói. E, irrepreensivelmente, dói tanto e mais quando sou poeta todo o tempo... Num amontoado de tinta e letras, a dor transforma-se em mil borboletas negras e aterrisam em minh'alma com o peso de um dragão...