da dor de ser poeta...

Aprendi a escrever sobre a dor para que ela doa menos em mim e se esgarce no papel, derramando o fel e a tempestade do meu peito. Eu escrevo para aproximar a cura daquilo que é incurável, para minimizar o suplício da necessidade da súplica. Não sou triste porque dói. Sou poeta porque dói. E, irrepreensivelmente, dói tanto e mais quando sou poeta todo o tempo... Num amontoado de tinta e letras, a dor transforma-se em mil borboletas negras e aterrisam em minh'alma com o peso de um dragão...

Anna Beatriz Figueiredo
Enviado por Anna Beatriz Figueiredo em 22/12/2014
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