Fotografia © Ana Ferreira


Em 2014, a Festa de Chanuká começa na noite do dia 16 de dezembro com o acendimento da primeira vela da Chanuquiyá  (candelabro de nove braços especial de Chanuká) e vai até à noite de 23 de dezembro.




CHANUKÁ, A FESTA DAS LUZES

 
Chanuká, Hanukkah, ou Chanucá, tanto faz, significa a Festa das Luzes e é festejada no mundo judaico. Começa na noite de 16 de dezembro, com o acendimento da primeira vela e durará oito dias..

Chanuká é uma palavra hebraica que significa dedicação ou inauguração e sua história está no Primeiro Livro dos Macabeus.
Também conhecida como a Festa das Luzes, a Festa de  Chanuká foi instituída no dia 25 de Kislev (dezembro), no ano 165 antes da era comum (a.C.), quando Yehudá Macabí (Judá Macabeus) reconsagrou o Templo de Jerusalém e acendeu as lâmpadas da grande Menorá (candelabro sagrado) com o azeite puro de um pequeno frasco que daria apenas para um dia.

Após terem recuperado Jerusalém e o Templo dos Sírios, Judá ordenou que o Templo fosse limpo, que um novo altar fosse construído no lugar daquele que havia sido profanado e que novos objetos sagrados fossem feitos. Ao intencionarem acender a Menorá, o que deveria anteceder, todo e qualquer ritual, perceberam que apenas uma pequena quantidade de azeite puro, havia sido preservado da destruição, dentro de um frasco de barro lacrado com o selo sacerdotal, que garantia sua autenticidade. O óleo encontrado seria suficiente apenas para um dia de iluminação, e o preparo de um novo azeite, duraria sete dias mais. A surpresa foi que aquele óleo encontrado durou, ao invés de apenas um dia, mais sete dias além do que deveria durar, o que permitiu aos judeus prepararem um novo óleo para a Menorá. Este acontecimento é conhecido como o Milagre de Chanuká e até hoje é comemorado pelo povo de Israel como forma de mencionar as grandezas do Eterno e seus poderosos feitos.
 
“E em Jerusalém havia a festa da dedicação, e era inverno. E Jesus andava passeando no templo, no alpendre de Salomão.”  (JO 10:22e23)
 
Chanuká não é, nem deve ser considerado, um «Natal judaico». Muito menos não é sobre um simples acender de velas. É sobre entrar na compreensão do mundo dos milagres. Ao acender velas, cada um que acredita, com sua fé, fica mais perto da Luz.

Em Nova York, por exemplo, na entrada dos edifícios onde moram tanto católicos quanto judeus, há de um lado uma árvore de natal e do outro uma chanuquiá. De um lado um cartão com as palavras «Happy Christmas», Feliz Natal, e do outro lado «Happy Chanuká», Feliz Chanuká. Não seria maravilhoso se em todo mundo pudéssemos viver assim? Em comunhão, paz, cada um respeitando, admirando a crença religiosa do outro? Exista ela ou não?
 
Para mim é esse o milagre maior: da FÉ de cada um, de uma vida em paz, respeito, amor e harmonia entre todos os povos. Então, desejo que as luzes de Chanuká junto com as do Natal, iluminem nossos corações e mentes na busca de respostas (e novos questionamentos!), que permaneçam ardendo e mantendo o fogo da FÉ que aquece corações. Não a tocha do ódio ou fogueiras de vaidades, e que possam ajudar a romper as trevas dos tempos tenebrosos que o mundo está vivendo, iluminando e eliminando a intolerância!

Chanuká é a Festa das Luzes e durante oito dias o mundo ficará iluminado. Tanto quanto Chanuká comemora o passado, celebra também o presente e o futuro. Pois enquanto comemora o milagre de uma simples ânfora de óleo que ardeu por oito dias, também imbui o mundo com a esperança de que a luz triunfará sobre a escuridão, o Bem sobre o mal e a paz sobre a guerra.
Confiemos nas Suas promessas! Eu confio! E a cada dia agradeço o novo amanhecer. Que as luzes de Chanuká iluminem a todos nós.
 
 
Chanuká Sameach! Feliz Natal!

Ana Flor do Lácio

 
Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 16/12/2014
Código do texto: T5071280
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