Fora dos trilhos - 2
Liberdade é o amor, a paz, o conhecimento, que nos dão direito de conquistas, não essa liberdade que é passageira e que pode se tornar uma das piores prisões chamadas dor, vergonha, remorso. Que liberdade é essa que as tornam pessoas frias e viciadas no álcool, na droga e no sexo. Que liberdade é essa, que as impedem de voar em busca de seus sonhos, que as prendem em atos indignos que praticam, agindo de maneira animalesca na procura dos prazeres da carne. A liberdade de uma gravidez não planejada, que vai lhes tirar a oportunidade de estudar, de trabalhar, de ter um futuro melhor? É a liberdade que ontem os homens diziam possuir e pela qual caminharam por vias tortuosas, as quais não os fizeram felizes? Sim, ninguém é feliz com a infelicidade do próximo, e hoje as mulheres estão nivelando por baixo, nessa liberdade que lhes está levando a contrair doenças terríveis, as quais ontem, nem os homens contraíam, mesmo vivendo na boemia.
Suicídios sempre existiram, entretanto, na adolescência eram pouco comuns. Na modernidade mostrada pelos meios de comunicação, a quantidade de crianças e adolescentes que tiram a própria vida é assustadora. Garotas que tentam se livrar de uma gravidez indesejada, outras que ingerem doses elevadas de álcool e algum tipo de tóxico, outras cuja causa provável tenha sido a vergonha e o remorso. Nunca se viu como agora, crianças de 10 ou 12 anos armadas e atirando nas pessoas.
A chamada igualdade de direitos é aquela mulher realizada no seu campo de trabalho, no lar, junto à família, cujos pais, já maduros, se orgulham de suas vitórias. Essa é a conquista da mulher, aquela que constrói uma velhice sadia, na qual não falhou como mãe nem como profissional. Não sabemos se as meninas, as adolescentes e as jovens, que desejam a liberdade das noitadas, das festas raves, boates, rap e outras mais, terão um amanhã.