Cegueira Espiritual e Falsa Sabedoria.
Isaías 29.9-16
Isaías, filho de Amós (o profeta), conhecido como o maior dos profetas. Profetizou há mais ou menos 600 anos a.C. fez isso durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias (1:1). Seu nome significa: ‘Salvação do Senhor’. Sua atuação ocorreu antes e durante o cativeiro babilônico. Sua profecia é rica em referencias messiânicas.
O texto em questão ocorre antes da invasão dos assírios, num período conturbado e de uma política corrupta, principalmente por parte dos líderes religiosos.
Nos versos de 9 a 12, Isaías fala da cegueira espiritual existente no povo e nos líderes políticos e religiosos da sua época. Sua palavra não representa uma ordem, mas uma maldição. A palavra de Deus que eles rejeitaram é eficaz e eles agem como surdos: “estatelados (bobos)”, “bêbados, mas não de vinho”. Isaías apresenta a ação de Deus: “derramou o espírito de profundo sono”, causou uma cegueira espiritual. O povo precisava ver pelos olhos dos profetas e buscar ajuda nos enviados de Deus. Os rolos eram um mistério, muitos não sabiam ler, outros não se interessavam, sempre apresentavam desculpas.
Nos versos 13 e 14, entendemos que acontecia o que acontece ainda hoje, a prática de uma religião exterior. Mesmo com as mudanças ocorridas no reinado de Ezaquias, faltava integridade, e “embora os lábios O estejam honrando, os corações estão longe de Deus”. O Senhor está interessado no coração, na disposição interior. Era uma religião fingida (Mt.15.8,9 - fariseus). Mas o juízo de Deus virá. Isaías fala de “uma obra maravilhosa...”. Quando o Senhor se revelar em juízo, a sabedoria dos sábios terá fim. São os sacerdotes e os líderes políticos de todas as épocas.
Nos versos 15 e 16, mais uma vez o profeta Isaías se dirige à política ímpia de Judá. Fazem suas obras “às escondidas” imaginando que estão a salvo dos olhos do Senhor. Isaías tinha influência sobre Ezequias, ele temia as suas palavras. A advertência do profeta era voltada aos que agiam perversamente, que queriam se elevar acima do seu Criador e não consultavam o homem de Deus.
Podemos concluir afirmando que assim como foi no tempo do profeta Isaías, assim é no nosso tempo. Não podemos negligenciar a Palavra de Deus e suas advertências sobre a religiosidade de boca em relação ao temor no coração. Que sejamos sábios e obedientes ao Senhor, na teoria e na prática. Devemos combater a cegueira espiritual e a hipocrisia de coração.
Que o Senhor nos abençoe!