O encontro das almas

Tomei coragem para vir dizer, depois de três ou mais doses de saudade, que o meu Amor, mesmo distante de requintes e convenções, é o Maior do mundo... A coragem extra veio com o vento frio desta manhã, depois de horas insones entre pensamentos, vozes e delícias noturnas: tudo o que você sempre me traz. Então, aproveito o correr das horas, ainda desperta, para rascunhar algumas palavras bobas, outras surreais... Todas inscritas como brasa. Ficam na pele a impressão do seu toque e o cuidado dos seus beijos a se ritualizarem pelo corpo afora... Inexisto longe do seu calor, desmaterializo-me na ausência das suas mãos, sou nada enquanto não vens. Mas, guardada as regras de família e os pudores de menina, digo (é fato): Sou inteiramente sua. Como poderia negar o que os olhos gritam, o que os lábios sussurram, o que os sonhos prevêem, o que os dedos partilham no correr entre as coxas, o que o coração, em prece, derrama no sangue inteiro? Não há negação nem danos. Porque Esperança é o que há de nos ser prometida entre esse tempestuoso tempo de espera e Vida é o que há de nos ser entregue quando a mesma espera chegar ao fim. Serão amanheceres de Amor e tardes de Paixão. Tudo menor que os nossos excessos, nada maior que nossos desejos. Hoje, não sei! Talvez, crer num destino seja pouco; creio no encontro das almas, a Essência de Deus.

Anna Beatriz Figueiredo
Enviado por Anna Beatriz Figueiredo em 05/10/2014
Código do texto: T4988449
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