A Cura

Eu sempre soube que as desilusões são mais amargas ao amanhecer. Não há janela que possamos abrir, não há sol que consiga entrar, nem ar de cura que venha amenizar o coração, nenhum sedativo para a dor. Hoje em dia, eu penso, é tão fácil descartar tudo! Roupas, sentimentos, pessoas... Aí, chega o momento em que eu me pergunto: "Onde estou, de fato?" Mas talvez nunca terei respostas. O que eu descobri é que apesar das janelas fechadas, do sol coberto por densas nuvens e da dor persistente, a grande fortaleza vem de um lugar inóspito que só posso encontrar dentro de mim mesmo. A quantidade de cicatrizes mostra a quantidade de vitórias nas batalhas. Meu coração que o diga! Tem vencido muitas...

Anna Beatriz Figueiredo
Enviado por Anna Beatriz Figueiredo em 12/09/2014
Código do texto: T4959300
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.