O ACADÊMICO E A CONFRATERNIDADE

Dos amigos não é lícito exigir nada que lhes seja prejudicial ou importe em renúncias a que outros não perdoariam. Tal é o caso da presença no ato de minha posse acadêmica na área de letras. Deram-me a alegria da presença e a emulação com que (sempre) concorrem pelo simples comparecimento e pela energização que esta espécie de amor nos lega. É notório quando isto ocorre: o coração baqueia e se desmancha. Porque o carinho em mim é quotidiano. É talvez por esta necessidade que tanto falo em fraternidade entre o humano ser. À ocorrência do abraço do semelhante, sinto a Confraternidade como um bem necessário: o sangue para viver o bem e o mal. E assim a felicidade corre em meu ser tão precário. E me fazem feliz como um bebê que recebeu o leite na mama do Absoluto, ainda no ninho original de Pacha Mama.

– Do livro inédito O CAPITAL DOS DIAS, 2014.

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