AUTOBIOGRAFIA E LINGUAGEM



 
          Admito que tudo ou quase tudo que escrevo tem forte, às vezes claríssimo teor autobiográfico; mas, muitas vezes, o que escrevo é, ou tenta ser, também, linguagem. Nem toda vez são apenas textos para minhas sempre precárias tentativas de autoajuda... Nem toda vez... Quero crer... Se não for assim, não restou nada, absolutamente nada, em mim, do que entendo ser a razão maior da escrita: a  própria linguagem. Se não for assim, está morta, também, a escritora em mim.