BEM CREIA, ISRAEL!

* Nadir Silveira Dias

Bem creia, Israel, detesto o que começo a fazer. É imperativo, porém, fazer, diante da morte de tantos inocentes. Por outro lado, também creio que não devia fazê-lo. Isso que inicio a fazer deveria estar sendo feito pelas potências que o apoiaram, apoiam, e mantém as mais diversas relações, comerciais, culturais, estratégicas e diplomáticas, inclusive o meu próprio País. No caso, denominado de “anão diplomático” por Israel, esquecendo Israel da sua própria origem, realizada por proposta do diplomata brasileiro Oswaldo Aranha na 49ª Sessão da 2ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em 29 de novembro de 1947. E que desde então ocupa as terras originária dos fenícios do Deus Baal. Baal!

Queria que fosse uma dessas grandes potências ou o meu próprio País – Brasil -, Israel, a dizer que são falsas as razões pelas quais Israel decidiu atacar a Faixa de Gaza. E são falsas porque a razão de defesa do próprio território é argumento contra o qual ninguém pode rechaçar. Mas são os fatos que comprovam a falsidade dessa alegada razão.

Foram tantos e tantos foguetes do Hamas, dizem mais de dois mil. E atingiram quantos israelenses? Nenhum, ao que se saiba. Quer porque foram interceptados por Israel ou porque não atingiram qualquer alvo. E tem mais insanidade ainda a pretensão de extinção dos túneis, pois estes foram criados como defesa do sustento de quase dois milhões de pessoas que ocupam a Faixa de Gaza, para a chegada de suprimentos e agora, como diz Israel para a chegada de armas para os rebeldes palestinos.

Mas isso não se faz por conta do embargo de Israel desde o ano de 2006, impedindo o regular desenvolvimento econômico da região? Como se mantém Gaza desde então? O que quer Israel? Com esse embargo Israel nunca pretendeu outra coisa senão submeter os dirigentes de Gaza. Um Estado nunca pode ou poderá submeter outros povos, especialmente quando conste em sua própria Constituição, como também é o caso de Israel, pela não intervenção na soberania dos povos.

E não importa e nunca importará quem sejam, porque todos nós humanos, já fomos ou somos judeus ou palestinos, ou deles descendentes. Negar isso é tergiversar, pois todos os povos procedem do Oriente.

Aliás, sobre isso, Israel parece não querer ver. Não querer ouvir. A própria Capital subsidiária do Estado de Israel, Tel-Aviv, já se manifestou contrária aos ataques e às mortes de inocentes em Gaza, isso depois de Paris, Londres, e tantas outras manifestações contra as mortes de inocentes, todas realizadas depois daquela realizada pela comunidade da cidade de Rio Grande.

Mais falsas ainda se tornam as alegações de Israel diante do número de mortos: Israel mata mais de mil inocentes em Gaza e o Hamas mata menos de cinquenta israelenses, sendo vários desses em combate. Quem é inocente? Quem é algoz?

Não sou melhor que ninguém e ninguém é melhor do que eu. Sou apenas criatura de Deus, a favor da Paz, e com essa assinatura na UNESCO, desde novembro de 2006, e poeta integrante do Movimento Poetas del Mundo, presente em mais de 129 Países, todos guerreiros de luz em luta pela Paz no Mundo!

28.07.2014 - 19h09min

* Poeta, Jurista e Escritor – nadirsdias@yahoo.com.br

Nadir Silveira Dias
Enviado por Nadir Silveira Dias em 28/07/2014
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