Por Mais Barulho Que Eu Faça...
Por mais barulho que eu faça (com meus pensamentos ruidosamente agitados), não aumentas o tom da Tua voz. Grito comigo mesmo, tentando me impor aquilo que ainda não está dentro da minha capacidade. E o que comprovo, sempre, é que nem mesmo me ouvir, eu consigo. Mas, mesmo assim, continuas a falar...no mesmo ritmo...no mesmo tom.
Sei que nunca gritarás!...Sei que não irás impor o poder de Tua voz sobre a fragilidade dos meus ouvidos!...Sei que depende apenas de mim, a possibilidade de ouvi-lo!...Sei que, enquanto não me calar (e deixar de desviar a atenção para mim mesmo), não O perceberei sussurrando mansamente...no mesmo tom de sempre!
Minha mente, mente para mim! Diz que possui a linguagem racional que a tudo explica (ou tenta) e a tudo compensa. Mas meu coração sabe que é no silêncio dos meus pensamentos que a Tua voz poderá chegar até ele...Sabe que aquilo que me falares, é aquilo que posso ouvir...Sabe que a Tua misericórdia não permite que a Tua voz se cale...Ainda que eu continue produzindo ruídos perturbadores e injustificáveis.
Roberto.
2012