silencioso pranto

havia um eco de um desamor...

era um desses momentos egoístas que "dão de ombros" para corações que machucam outros, que, silenciosamente choram e se esforçam para desenhar um sorriso no rosto, pelo amor que ainda os abraça...

sabe, fico muito triste às vezes, com as pessoas que se fecham num abandono inventado... pois, se afastam... e das suas carências há sempre um inocente sendo culpado...

"dos que realmente...verdadeiramente..." sabem amar!? reunir!?

havia um eco de um desamor criado, cultuado... e passado para próxima geração...

" a boca fala daquilo que o coração está cheio"

se cheio de mágoa (verdadeira, injusta, inventada) todo "carinho" que se tenta fazer, pode arranhar...

a mágoa, traz a nódoa de um tempo de dor que ainda não passou...

não passará, se não abrir o peito à cura... que só possível pelo amor...

se perde a vida no desprezo...na indiferença... na mudez do abraço (que só alimenta um tal abandono)

e aumenta as distâncias...

há em nós uma pequena diferença: meu alimento é o amor... e se abro as janelas à luz (do dia e/ou da noite) é porque escolho o caminho iluminado... não pretendo morrer, sem ter amado na vida, e a graça da vida é viver no amor....

Rose Rocha
Enviado por Rose Rocha em 15/05/2014
Reeditado em 15/05/2014
Código do texto: T4807090
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