Vale a pena ter fé
Há alguns anos foi divulgada uma pesquisa científica a respeito dos efeitos da religiosidade sobre a saúde. Os pesquisadores analisaram as mudanças físicas e químicas que ocorrem no organismo de religiosos praticantes, que têm uma fé verdadeira. Um dos testes foi um exame das ondas cerebrais dos indivíduos através de um eletroencefalograma. O exame mostrou que indivíduos de religiões diferentes apresentam ondas cerebrais com padrões específicos: o islamismo é uma religião centrada na submissão, na obediência; o budismo é uma doutrina que desenvolve mais a serenidade; o esoterismo desenvolve mais particularmente o autoconhecimento. Verificou-se então que o padrão cerebral dos adeptos de cada doutrina eram distintos, mas em todos os casos eram padrões positivos, ondas cerebrais características de um estado de espírito saudável e equilibrado.
As mudanças químicas no organismo dos indivíduos analisados foram igualmente interessantes: o sentimento de confiança e serenidade consequente da fé religiosa provoca no corpo a produção de substâncias positivas, que auxiliam na cura e na manutenção da saúde. Verificou-se que os religiosos produziam mais neurotransmissores (substâncias que facilitam a passagem dos impulsos nervosos pelas células cerebrais), melhorando o raciocínio, tornando mais fácil a associação de idéias e a
solução de problemas, e produziam hormônios como a endorfina (hormônio do prazer e do bem estar), a ocitocina (hormônio do
amor) e a serotonina (hormônio da paz e da tranquilidade). Essas substâncias agem no organismo produzindo vários efeitos positivos:
- atuam como cicatrizantes, acelerando o processo de restauração das células e tecidos, facilitando a coagulação do sangue, funcionando como um anestésico natural, diminuindo a sensação de dor.
- atuam como um relaxante, diminuindo a sensação de stress, proporcionando a sensação de leveza e bem estar.
- auxiliam na manutenção dos órgãos, diminuindo o desgaste físico.
- fortalecem o sistema imunológico, tornando o organismo mais resistente às enfermidades.
- melhoram a memória, facilitando a aquisição de novos conhecimentos.
- bloqueiam as lesões dos vasos sanguíneos
- diminuem a pressão arterial
- diminuem o esforço cardíaco, prevenindo problemas como ataques cardíacos e aneurismas.
Portanto, está cientificamente comprovado que ter fé faz bem à saúde. Quando alguém encontra um amigo e diz 'Oi, sangue bom', essas palavras podem ser mais do que uma expressão, podem conter uma grande verdade - uma pessoa bondosa, que tem fé e um comportamento equilibrado está produzindo substâncias positivas que circulam por seu corpo tornando-a mais saudável, tornando o seu sangue realmente melhor.
Quando Jesus nos aconselhava a ter fé, fazer o bem, praticar o amor e o perdão, não estava apenas ensinando uma crença religiosa. Estava nos ensinando uma medicina preventiva, pois a manutenção de um estado mental e emocional harmônico tornará nosso organismo mais saudável, aumentando nosso bem estar e nossa longevidade. E estava ensinando também uma medicina curativa, pois a fé e a prática do bem ajudam igualmente o organismo a se curar mais facilmente, a atenuar os efeitos das doenças.
Portanto, resumindo: os estados mentais e emocionais negativos, de raiva, ansiedade, inveja, etc. produzem no organismo substâncias negativas que vão desgastando os órgãos, abalando nossa saúde e diminuindo a vida útil das células. E os estados positivos de fé, serenidade, tolerância, perdão e bondade produzem substâncias saudáveis, que aumentam a sensação de conforto físico e emocional, melhorando a nossa saúde. A medicina tradicional define a saúde como o equilíbrio perfeito de todas as funções físicas, orgânicas e mentais do indivíduo. Mas além dessa definição devemos compreender também que a saúde é antes de tudo a harmonia da alma.