A UMA MULHER DE OUTRO ESPAÇO

NA TARDE DE 17 DE ABRIL DE 2014 – QUINTA-FEIRA SANTA

... te sinto como uma irmã, comungamos um mesmo destino que escolhemos (?) ou pelo qual fomos escolhidas, em algum tempo que jamais saberemos.

... te sinto como uma irmã e meus sentimentos por ti são contraditórios, difíceis, especialmente difícil este amor de irmã... com o qual precisaria que me amasses um pouco também, junto com todos os outros sentimentos difíceis, tão difíceis, que tens por mim... sei que é pedir-te demais... sei que é para além das tuas forças e entendo e aceito... que nada me resta no mundo senão tentar compreender e aceitar tudo... só o que me restou, de verdade, nesta vida, por todos os lados dela, vida.

...a vida foi implacável conosco... e tudo tarde, tarde demais... só com a única saída do perdão que peço, todos os dias, por este meu único crime efetivo... e, no entanto, não tenho culpa, sou inocente e sabes ... sabes muito bem disso.

...há culpados? Não os vejo... não os vejo no rosto de nenhum dos três... no rosto de nenhum dos mais...O DESTINO? Talvez o DESTINO... Há DESTINO? Não sei de nada... de NADA... ainda assim peço perdão pela culpa que não tenho, ao menos as minhas memórias nesta vida, nesta ainda presente vida, não me acusam de nada, já que há tão poucos anos eu soube da tua existência...

...nossa fidelidade... a tua... a minha... a ele, a esse mesmo homem... não podemos, nenhuma de nós duas, abdicar dela... dessa fidelidade... ai, eu o sei... como eu o sei... como tu o sabes, também...

...te desejo uma Páscoa Feliz, dentro do que te for possível, irmã, do meu amor mais difícil... do meu mais difícil, ainda assim amor.