Momento de definição!

Chega um momento na vida de cada indivíduo em que ele é contrastado, se vê diante de uma bifurcação fundamental, um divisor de águas, um momento em que toda a experiência acumulada é drenada, o ponto de mutação. Não se trata da escolha entre seguir em frente ou desviar, mas entre dois desvios: definir, de uma vez por todas, o que quer da vida.

Ok, pode não ser definitivo, até porque, dada a imponderabilidade do universo, nada na vida o é olhando para frente, mas, tratando-se de uma escolha de vida, e não escolha na vida, deve ser substantivada numa meta clara e embasada, do contrário não ganhará visibilidade e retorno, apenas tornando-se uma guinada emocional antolhada, uma reviravolta despropositada e atabalhoada.

O momento dessa definição é o cadinho das convicções, tudo estará em jogo, tudo será testado. É a vez do tempo e do espaço intimarem o passageiro errante a depurar seus desígnios: o instante se prolonga, distorce, o espaço se confina, exigindo uma definição.

Essa definição de vida, uma vez delineada, exigirá, para sua concretização, não visualizações externas, balizas procedimentais ou encadeamento de fatos previamente assinalados, mas a única coisa que o indivíduo pode e deve controlar: sua mente. É uma diretiva que exigirá a consciência, em tempo integral, dos pensamentos e sentimentos de forma a não deixar que nada abale o espírito.

O ânimo e a disposição serão o norte, e a perfeição, no sentido de dar sempre o máximo de si e ser cada dia melhor, deverá regrar o caminho: “Tudo o que vale a pena ser feito merece e exige ser bem feito.” (Philip Dormer Stanhope Chesterfield).

Tropeços, erros, claro que existirão. Não é porque definiste uma meta que todas as portas magicamente se abrirão, terás de fazer isso você mesmo. Mas o importante é o condicionamento mental inabalável de seguir a missão escolhida e levantar quantas vezes for necessário, retirando o máximo de ensinamentos dos erros, de forma a não configurarem fracassos. O erro é um fato; o fracasso, um estado mental induzido. Errar é praticamente inevitável; fracassar, uma opção. Com diz Mark Douglas, famoso trader norte-americano, não há fracasso, a não ser que nada de positivo ou útil seja extraído da experiência.

Ademais, ter medo de fracassar é ter medo de ousar, e não há retorno sem risco. Por essa razão, nossa escolha de vida não deve ser influenciada pelos efeitos da escolha, leia-se dificuldades de realização, mas por aquilo que lhe é mais caro, aquilo que te identifica, aquilo que dá sentido à tua existência. O único medo que, de fato, devemos ter é de ter uma vida sem sentido. O grande poeta norte-americano T.S. Eliot foi magistral ao dizer: “Só quem se arrisca a ir o mais longe possível poderá descobrir até onde é capaz de ir.”.

Ter uma escolha de vida, um propósito, uma meta bem definida e embasada, permitirá com que suplante todos os obstáculos. Problemas serão enfrentados como oportunidades de crescimento. Percalços, desconfortos e preocupações serão encarados como fatos estimulantes e energizantes, pois, como diz o ditado popular: a necessidade é a mãe da criatividade.

Nessa etapa da vida, candente e sedenta por realizações, respire profundamente, recline-se, relaxe e pergunte para si mesmo: o que, realmente, eu quero da minha vida? O que eu deveria estar fazendo com o meu tempo, com minha vida? Não limite a resposta, deixe fluir o melhor que há em ti. Siga essa meta, abraçando todas as oportunidades de crescer e, principalmente, trabalhe e se dedique para estar preparado para essas oportunidades, que o sucesso será uma decorrência necessária: o "quando" não resiste à grandeza do querer.

Acredite que és capaz, acredite que és merecedor do melhor e, inevitavelmente, obterás o sucesso desejado. Pode não ser lógico cogitar o sucesso desejado, mas, entre o sucesso e a lógica, fique com o primeiro.

Abraço!

Leandro Barreto Bortowski
Enviado por Leandro Barreto Bortowski em 30/03/2014
Reeditado em 30/03/2014
Código do texto: T4749679
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