Inicio de uma palestra em um colégio de minha cidade.

Bom dia senhoras aqui presente este que vos fala é alguém sem muita cultura mas com o passar de sua vida pode armazenar alguns conhecimentos, talvez algumas de minhas palavras vão fazê-la chocar, mas esta sinceramente não é a minha intenção, porque algumas informações que eu lhe trago hoje ainda infelizmente para a nossa sociedade é um tabu, começo a falar para as senhoras que eu sou um alcoólatra crônico e sinto que já houve algumas mudanças em seus semblantes e também em seus rápidos pensamentos mas isto para mim hoje isto normal mas vamos a uma pequena explicação o alcoólatra como eu, tem muitos desafios ainda para enfrentar durante a sua vida pois não é só parando de beber que tudo estará resolvido virão logo após as desconfianças as velhas frases como: ontem você era... Você se esqueceu daquele dia em que você... Com os afastamentos dos bares vem junto muitas vezes à depressão, porque o individuo de repente passa a se sentir perdido, levanta-se muitas vezes de manhã sem saber para onde ir, pois este infelizmente era o seu costume de anos a fio, ai que eu quase afirmo que para este individuo se estabilizar a família será muito importante em sua nova caminhada, pois eu lhe digo a família muitas vezes não aceita, pois ficaram doentes junto com ele...

Um dos maiores desafios e o entendimento da própria doença, porque ao parar de beber ai que começa os grandes desafios, são as feridas que parecem nunca mais ter cura e qualquer discussão tudo volta á tona, então o alcoólatra tem que estar muito bem preparado psicologicamente e saber que aquilo vai fazer parte dele talvez pelo resto da sua vida.

Porque a sua família também se encontra doentes e não admitem o doente outrora fazia neste momento começa a grande caminhada o bom seria se o doente e a família andassem juntos, mas isto infelizmente nem sempre acontece. O casal praticamente se encontra no momento desequilibrados emocionalmente ele meio sem rumo, por estar recomeçando na sua sobriedade e a esposa na incerteza e não sabendo se acredita ou não na brusca mudança.

Este desafio tem que ser trabalhado por muito tempo a fio o alcoólatra nunca poderá abandonar o seu tratamento para poder melhorar e entender a sua doença a esposa de preferência também deveria procurar uma ajuda especializada para saber como lidar com o doente e faria com que esta se ajudasse no seu dia a dia porque esta caminhada prosseguirá por um longo tempo. Pois chegara a hora das compulsões e é nesta hora que o doente tem que estar preparado psicologicamente para não cair nas velhas armadilhas que não serão poucas.

Pessoas

Luiz Carlos Brizola
Enviado por Luiz Carlos Brizola em 17/03/2014
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