Deus não julga

Se o homem se desvia do caminho da perfeição e por vontade própria busca outras moradas, ele já possui o conhecimento do mal que causará a si próprio. Não é Deus que, dedo em riste vai lhe apontar as faltas, como se fosse um juiz implacável.

Não. Deus não julga porque é soberanamente justo. Ele apenas ama, e quem ama não julga nem precisa perdoar. Ele, o Criador do Universo, jamais jogará um de Seus filhos em um corpo carnal para ser castigado, nem depois de desencarnado o conduzirá ao umbral. Porque Ele é bom, é o Pai de tudo o que compõe o Universo. Julgar que a reencarnação seja um castigo divino é desconhecer os atributos de Deus.

A reencarnação é uma lei. Quando o Espírito falir ele será atraído para a prisão e ela se chama remorso. Quando erra, o homem tem consciência dos seus atos.

Portanto, quem julga é o homem é o próprio homem que jamais esquece os seus erros. Eles só serão apagados através de um arrependimento sincero, de uma expiação e reparação escolhida por ele mesmo, jamais por Deus, Jesus ou qualquer outro Espírito. Somente o faltoso conhece o tamanho das suas faltas e as guarda consigo, em forma de remorso.

Ainda assim, Deus coloca um advogado para nos defender e orientar, ele se chama mentor, o mentor a que muitas vezes ignoramos. A reencarnação não é perdão nem castigo, é a chaga que o Espírito abriu em seu perispírito e que terá de curá-la com o remédio do amor, do arrependimento, da expiação e da reparação. Ninguém estará do outro lado do túmulo esperando cada filho de Deus com um livro de suas faltas e um cutelo para castigá-lo.

Roberto Valverde
Enviado por Roberto Valverde em 18/01/2014
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