Aos meus filhos...

Eles e Ela.


Quero falar e as palavras são como ondas jogadas e se quebram nas rochas do desentendimento,

E voltam calmas e partidas pra o mar do meu âmago amargo.
Eu não consigo te explicar o amor
Porque você confunde com necessidades...

Quero e preciso do teu braço, do teu abraço magro, mas que eu possa sentir tua pele, que é pele da minha pele, sangue do meu sangue... Mas me negas o toque.

Quero ver-te saltitante e contagiante em teu riso, mas sinto a insegurança cercando-te e me culpo copiosamente. 

Quero tua calma e compreensão, mas me dás ausência...

Queria poder gera-los novamente e ter a experiência de hoje.

Ter aprendido a dizer não.
Ter aprendido a dizer sim.
Ter aprendido a dizer espere...

Queria voltar ao tempo de tê-los em meus braços e em momentos tão nossos e íntimos olhar novamente olhos nos olhos...

Só queria mais uma vez a chance e corrigir meus erros.

A chance e ensina-los o amor fraternal
A chance de ensina-los...

As sementes germinaram, as arvores cresceram e deram frutos...

Só posso de longe...
Contempla-los...
Contempla-los...
Só...
LaBelledeJour
Enviado por LaBelledeJour em 13/01/2014
Reeditado em 13/01/2014
Código do texto: T4647641
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