Os Cem Anos do Banco Central dos Estados Unidos da América
O Federal Reserve Bank
Embasado no modelo de controle criado por Ludwig Bamberger, membro do Império Alemão, em 1870, o banqueiro alemão Paul Warburg defendeu a criação de um Banco Central nos Estados Unidos, e este deveria ser alimentado por 12 bancos federais regionais credenciados a emitir moeda lastreada em ouro, e deveria controlar o sistema de créditos bancários. Esse banqueiro costumava residir em Nova Iorque por 6 meses, e o tempo restante em Hamburgo, matriz de sua casa bancária.
Em 1903, Paul publicou o Plano para um Banco Central, no qual enfatizou uma futura crise bancária, devido à falta de mecanismo para controlar o crédito. Assim, no mês de novembro de 1912, o presidente eleito Woodrow Wilson convidou Paul Warburg para redigir o projeto de lei para a criação de um Banco Central. O projeto foi apresentado no Senado por Robert Owen, e na Câmara dos Representantes por Carter Glass, e se tornou conhecido como Glass-Owen Act. Com a devida aprovação pelo Congresso, criou-se o Federal Reserve Bank e 12 bancos federais regionais.
Devido à recusa do banqueiro alemão em ocupar a presidência do Fed, o genro do banqueiro John Pierpont Morgan, Benjamin Strong, foi nomeado o primeiro presidente da casa bancária. Em 1918, Paul deixou a vice-presidência do Fed e retornou a suas atividades no Kuhn Loeb & Company.
Conforme uma lei estadunidense do Século XIX, a emissão de notas bancárias era responsabilidade de vários bancos nacionais, por estes serem dependentes da legislação e fiscalização federais. Esses bancos eram assim chamados para distingui-los de bancos estaduais. Eles podiam emitir notas, desde que depositassem uma importância no Tesouro Federal. Esse valor devia corresponder a suas emissões, além de manter uma reserva equivalente a 5% em moeda.
Entretanto, muitos anos depois, por uma lei de dezembro de 1913, foi criado o Federal Reserve Bank, o qual é constituído por uma rede de 12 bancos de reserva, os quais foram instalados nos mais importantes centros comerciais de então, e também criou-se 24 agências em centros menos importantes do país. Esses 12 bancos de reserva compõem-se de uma estrutura coordenada por um órgão central, com sede em Washington, o Conselho de Governadores.
Essas instituições bancárias efetuam emissão de notas de reserva federal que circulam pelo país, e o capital de cada uma delas é subscrito por bancos aderentes da região em que atuam. Todo banco aderente subscreve ações do Banco de Reserva Federal de sua região, o equivalente a 6% do seu capital e reservas. Enquanto isso, os bancos de reserva prestam aos bancos aderentes a concessão de serviços de crédito, cobrança e transferência de fundos.
Exatamente às 11 horas da manhã de 23 de dezembro de 1913, durante o recesso do Natal, com um quórum de apenas 3 senadores que haviam retornado de suas bases eleitorais a Washington, foi votado e aprovado o projeto de lei Ato da Reserva Federal (Federal Reserve Act), aquele que iria criar o banco central privado.
Ao colocar sua assinatura no Projeto de Lei aprovado pelo Congresso, o presidente Woodrow Wilson concedeu ao Clã Rothschild o direito de emitir papel-moeda, uma atribuição que, anteriormente, era exercida pelo Departamento do Tesouro (Department of the Treasury) norte-americano.
Então, foi dada carta branca a banqueiros privados para criar 90% do papel-moeda pelo Sistema de Reservas Fracionadas. Esse sistema pratica empréstimo sem lastro, ou seja, empresta mais dinheiro do que tem em caixa. Nessa data, foi também criado o imposto de renda, uma imposição dos banqueiros privados para que os cidadãos possam entrar como garantia dos empréstimos que o Governo estadunidense passaria a tomar junto ao Fed.
O Federal Reserve Bank, segundo a Constituição estadunidense, é o único banco autorizado a produzir dinheiro para o Estado. Além do dinheiro ser emprestado a juros, o Fed força a nação a contrair mais dívida. Cada dólar produzido é emprestado com juros, e torna a nação escrava do dinheiro produzido pelo monopólio inserido na Constituição.
Tempos depois, Woodrow, arrependido da submissão do Estado ao Fed, declarou que sua nação estava sendo controlada pelo sistema de crédito concentrado em bancos privados comandados por pequenos grupos de homens dominantes.
Observando que o Fed não depende de regulação alguma do Governo americano, e que esse Banco Central atua como usurpador insólito, o congressista Louis Mcfadden declarou que seu país estava sendo controlado por banqueiros internacionais, e que esses banqueiros privados atuavam em conjunto para escravizar a Humanidade.
Os estadunidenses e o povo em geral creem que o Fed é uma instituição do Estado norte-americano, mas, na verdade, ele é uma instituição bancária privada internacional, dotado com poderes acima do Governo, e que reúne em torno de si 12 instituições financeiras regionais.
O Fed de Nova Iorque era comandado por 5 bancos privados que detinham o controle de 53% do seu estoque, e todos eles eram controlados por Nathan Rothschild & Sons, de Londres, Reino Unido. Controlar o Fed é o mesmo que controlar o dinheiro que circula no mundo dos seres humanos.
Essa máquina de criação de dívida pública, por meio da Constituição, é a única autorizada a emitir dinheiro para o Governo; mas, esse dinheiro emitido não é propriedade do Estado, porquanto contrai a dívida do valor solicitado a essa instituição privada.
Então, o Governo emite bônus do Tesouro e permite que o Fed crie dinheiro, do nada, e o empresta, gerando dívida a ser paga no futuro. Assim, devido a essa submissão estatal, no ano fiscal de 2011, o Estado pagou 454 bilhões de dólares de juros da dívida para os banqueiros privados, nacionais e internacionais que criaram o Fed. E com a gestão perversa dessa casa bancária privada, entre os anos de 1900 e 2011, o dólar perdeu 96,2% de seu valor. Seu real objetivo é levar o povo estadunidense à ruína.
Apesar de o primeiro artigo da Constituição dos Estados Unidos da América rezar que cabe ao Congresso americano o direito de cunhar moeda, regulamentar seu valor e o valor de moeda estrangeira, e fixar a norma de pesos e medidas, essa atividade, a partir de 1913, passou a ser exercida pelo Reserve Federal Bank. Na condição de monopólio privado, o Fed constitui-se num cartel bancário que domina quase todas as nações atuais, como mantém o povo estadunidense financeiramente escravizado.
O Sistema de Reservas Fracionadas
A quase totalidade do povo estadunidense acredita que o Federal Reserve Bank seja um órgão do Governo dos Estados Unidos da América, como também desconhece que essa instituição bancária privada tem mais poder que o Governo norte-americano. O Fed, na verdade, pertence a 12 sucursais federais regionais.
E quanto mais dinheiro o Governo toma emprestado do Fed, maior também passa a ser sua dívida. O Governo permite que o Fed crie dinheiro, do nada, para emprestá-lo, e esse dinheiro não é propriedade do Estado, por estar sob o controle dessa casa bancária privada.
Ao trocar bônus do Tesouro por dinheiro fabricado do nada, o Governo lança sobre seus cidadãos o pagamento dos juros que incidem sobre o dinheiro tomado emprestado. E ao invés de implantar uma economia fundamentada em recursos, o Federal Reserve Bank utiliza um sistema econômico alicerçado no dinheiro criado do nada.
Segundo o movimento Zeitgeist, o Fed elaborou o documento Mecânica Monetária Moderna, e detalha a prática de dinheiro criado num Sistema de Reservas Fracionadas. Se num momento qualquer o Governo estadunidense precisar de dinheiro, digamos, 10 milhões de dólares, basta entrar com uma solicitação junto ao Fed. Em troca, o Fed compra esse valor em títulos públicos do Estado. Aí, o Governo arruma papéis, coloca nele símbolos oficiais e os chama Títulos do Tesouro.
A esses papéis pintados é atribuído o valor de 10 milhões de dólares, e os envia ao Fed. Então, este imprime uma quantia de papéis com o nome de notas, no valor de 10 milhões de dólares. Assim, essas notas que foram criadas do nada são trocadas pelos Títulos do Tesouro americano.
De posse das notas de 10 milhões de dólares emitidos pelo Fed, o Governo as deposita numa conta bancária. Nesse momento, as notas de papel passam a ter valor de 10 milhões de dólares. É preciso destacar que somente 3% do suprimento monetário do Governo existe em moeda física, porquanto o restante encontra-se sob a forma de valores virtuais.
A cartilha do Fed reza que toda instituição bancária deve manter reservas o equivalente a 10% dos depósitos. Então, cerca de 10% é guardado como reserva e os 90% restantes passam a formar o excedente de reserva, e podem ser usados como base para novos empréstimos. De maneira que, pelo Sistema de Reservas Fracionadas, para cada depósito bancário, o banqueiro pode criar 9 vezes esse valor para emprestá-lo.
O dinheiro é criado de dívidas, a partir de empréstimos; e se não houvesse dívidas no sistema financeiro, não haveria dinheiro circulando no mercado.
Alguém disse: Somente Deus pode criar algo de valor a partir do nada. Ou seja, do nada, o Criador criou o Universo. Também, poderosos banqueiros, a partir do nada, criaram o universo das reservas fracionadas.
Devido a esse sistema de escravidão financeira, analisando a dívida nacional dos Estados Unidos da América, o professor de Economia, Lawrence J. Kotlikoff, que participou do Conselho de Assuntos Econômicos do então presidente Ronald Reagan, como Economista Sênior, chegou ao valor de 214 trilhões de dólares, em agosto de 2011. O valor de 211 trilhões de dólares corresponde à soma de todas as promessas para obrigações de gastos, menos o valor dos impostos recolhidos. A esse valor, soma-se 3 trilhões de dólares correspondentes ao benefício de 78 milhões de futuros aposentados (40 mil dólares/pessoa).
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