Tornando-se adulto
Todos nós já sabemos que o ser passa pelos reinos da natureza e em cada um vive determinada experiência, adquirindo tendências, mas o mais importante é quando ele recebe o diadema da razão – o livre arbítrio – momento em que atinge a maioridade espiritual. Era criança e se torna adulto. Nesse estado evolutivo lhe é dado conhecer as leis de Deus, e elas são plasmadas na sua consciência. É o homem livre em busca da pureza ou do fracasso, levando no seu templo sagrado o que o Pai lhe ofertou para torná-lo puro e bom. A consciência do homem é o seu tesouro e cabe a ele tirar desse tesouro os valores.
Alan Kardec, em o Livro dos Espíritos, pergunta 266, explica sobre o uso do livre arbítrio na escolha das provas: O homem submetido na Terra à influência das idéias carnais, só vê nas suas provas o lado penoso. É por isso que lhe parece natural escolher as que do seu ponto de vista, podem subsistir com os prazeres materiais. Mas na vida espiritual ele compara os prazeres fugitivos e grosseiros com a felicidade inalterável que antevê, e então, que lhe importam alguns sofrimentos passageiros. O Espírito pode escolher a prova mais rude, e em consequência a existência mais penosa, com a esperança de chegar mais depressa a um estado melhor, como o doente escolhe muitas vezes o remédio mais desagradável, para se curar mais rapidamente.
A doutrina da liberdade de escolha - livre arbítrio -, das nossas existências e das provas que devemos sofrer, deixa de parecer extraordinário, quando se considera que os Espíritos, libertos da matéria, apreciam as coisas de maneira diferente da nossa.