Poema verdadêro
Poema verdadêro!
Airam Ribeiro.
percizo vortá pro meu interiô
percizo min cunhecê eu.
pois já min injuêi dos abraço e bêjos virtuá.
vô lá pro meu buquêrão vê a natureza
adonde as coisa nun é farça nem intereçêra.
vô ficá longi da intre neti, intre beti, intre zeti, intre queti.
lá prondé cô vô, nun tem:
tim nem tum, nem tan
num tem oi, nem ai, nem ui
nun tem claro, nem iscuro, nem dia e nem noite
nem vivo, nem morto, nem difunto e nem fantasma
nem brasil telecom,nem brasil telesem.
jatô xêi das farças tequinolo gia, tequinolo sapo, tequinolo rã
ô quarqué outra tequinolo batráquios
que fica aqui ditano as norma da minha vivênça.
tô min desligano do mundo virtuá, virtu xão
pois tô infestado dos virus das farcidade, das mundiça dessas gente
qui só sabe curti e qui nunca aprendeu a cumpartilhá.
de tantos os butão qui tem o meu tecrado,
o maismió qui já inventáro foi o delete.
jatô xêi de amigos falço qui só min cunheci aqui neste ispáço,
aforante uns qui aqui cuncidéro.
percizo urgen timenti duma lambida dum caxôrro amigo!
mindesligo!