SOBRE O NOSSO PROCESSO DE DESUMANIDADE...

SOBRE O NOSSO PROCESSO DE DESUMANIDADE...

Nos jornais, no ambiente de trabalho, em casa, todos comentam o assassinato terrível (mais um), de 33 pessoas numa Universidade dos EUA, incluindo o autor dos disparos. O assassino e suicida: um jovem estudante Sul-Coreano, de 23 anos, deixou gravado em vídeos e publicou frases em jornais que anunciavam, de certa forma, as suas intenções...

Cada vez mais esse tipo de crime tem destaque nas manchetes dos jornais, para ser “esquecido” e substituído, em curto espaço de tempo, por outros fatos tão ou mais impactantes...

A cabeça gira repleta de perguntas:

O que está acontecendo com a humanidade?

Porque jovens, cheios de vida, usam de tanta crueldade psicológica com aqueles que lhes parecem diferentes?

Porque os Educadores permitem que tal comportamento seja tolerado?

O que as famílias estão deixando de fazer?

Em que estamos errando na Educação de nossas crianças e jovens?

São tantas as perguntas, que decerto aquele que detivesse ”a fórmula” para exterminar essa ameaça constante, cada vez mais presente, no mundo chamado civilizado, estaria multimilionário ou seria canonizado...

É certo que estados patológicos da mente humana não podem ser negados... Existe a doença mental, que altera a maneira como as pessoas lidam com o outro e as situações conflituosas...

É certo que existem situações externas que detonam nas mentes patologicamente afetadas, reações inconcebíveis...

Mas não podemos atribuir apenas às mentes doentes a existência de casos como esses...

Será que estamos vivendo e, portanto, ensinando as nossas crianças e jovens, os valores do respeito ao ser humano e às diferenças, da compaixão, da gentileza e humanidade no trato, da solidariedade e amor ao próximo?

Será que como Pais, Mães e Educadores não estamos deixando de lado a dimensão espiritual do homem, para cuidar das aquisições que o tempo e a ferrugem consomem?

Com que freqüência nos reunimos para promover a descoberta de nós mesmos e modos de viver em paz e melhor uns com os outros?

Com que freqüência fazemos um exercício de auto- reflexão, como fazia Agostinho, Filósofo, adiante do seu tempo, quando todas as noites se perguntava, em que tinha errado, ofendido ou deixado de fazer o bem em relação ao seu semelhante ao longo de um único dia?

Cuidamos da higiene do corpo, da alimentação, até mesmo da boa forma física, limpamos a casa, cuidamos das roupas, nos intelectualizamos e desenvolvemos novas tecnologias para usufruto e conforto...

Será que temos o mesmo cuidado com os pensamentos e sentimentos que asilamos no interior de nossa mente e nosso coração?

Será que não há lixo mental a ser jogado fora?

Será que não precisamos plantar árvores perenes de tolerância e amor para limpar nosso ambiente íntimo?

Quantas vezes nos aborrecemos ou irritamos por nada? Ou por puro orgulho e egoísmo por nem tudo ser do jeito que queremos?

Parece que urge educar os sentimentos, estudar a ecologia do SER e promover o nascimento do homem mais humano...

Talvez ainda haja tempo...

visite: www.joselmavasconcelos.blogspot.com

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 21/04/2007
Reeditado em 21/04/2007
Código do texto: T458675