Saindo do meu mundo...
Guardo entre essas linhas partes de um mundo cansado da dor, da falta de compaixão, e da necessidade de "estar"; esse meu humor por vezes insuportável, e até mesmo diante da frieza das atitudes ao meu redor, em real mesmo eu sinto algo, ainda que desgosto, mas prefiro me resguardar, aprendi por pequenos gestos o não elevar, o surpreender com aquelas pérolas que jamais os outros pensam em ouvir. Ser realista me atrapalha, em certos instantes; um não me faz cair, mas outras palavras ainda me impulsionam a levantar e continuar este caminhar, não sei pra onde, nem faço a menor idéia de quando parar. Andar junto aos espinhos, afinal a dor é necessária, se não sentí-la não saberei lidar com ela.
Viajando e ouvindo sons, sem conhecê-los, mas admirando a sua coragem de "insistir", algo que ultimamente passo bem longe. Aprender com tudo, com a minha falta de confiança, meu gênio teimoso e particular de entender. Vivendo atrás de um sapo que transformei em príncipe, e que nem saberia o que fazer com ele, se por acaso tivesse aceitado o meu convite; talvez, apenas mais um brinquedo, ou de tão importante, fosse o meu motivo de acordar, minha inspiração para escrever. Deixo ele onde está, onde sempre o vejo, atrás do "nada".