Muitos textos existem por aí falando das setes biodimensões terráqueas (ou sete céus na antiga nomenclatura católica e também referida no Alcorão). Ei-las:

Abismo,
Trevas,
Crosta,
Umbral,
Arte, Cultura e Ciência,
Amor Universal e
Diretrizes do Planeta.


A dimensão Crosta, onde a gente pisa e repisa, é a única que não é bem explorada discursivamente, quando se trata desse assunto. Acho que é porque ela é apenas uma dimensão de passagem, um campo de teste, onde a gente vem para  corrigir distorções morais, retificar arestas e se habilitar a viver em melhores condições numa das seis outras biodimensões. É o meu ver.
Todos nós que estamos
encarnados aqui na tridimensão crostal temos padrões de comportamento mental diferentes, sintonizados ou compatíveis com o estilo de pensar e ser das outras dimensões, ou superiores à crosta ou inferiores a ela. Uns têm um padrão geral permanente, outros têm seus altos e baixos, suas alternâncias vibratoriais, suas bipolaridades morais, a depender das suas ações e reações diante de circunstâncias, estímulos exteriores, traumas, provocações, tentações etc. Tem gente que vive aqui entre nós, mas parece que só tem andado em sintonia com as Trevas, enquanto outros parecem viver permanentemente em harmoniosa contemplação com a esfera do Amor Universal, ainda que se relacionando lado a lado com todos, indistintamente. Outros, ainda, alternam os padrões mentais, a depender da pisada que sofrem no calo. ☺
[Existe uma interligação neural profunda entre nosso corpo mental, que não tem forma fixa, e a dimensão a ele correlacionado. O corpo físico e, no pacote, o corpo perispiritual vivem atraídos na Crosta, por força da encarnação, mas o corpo mental pode viver sintonizado, portanto, pré-atraído à sua dimensão sintônica, quase o tempo todo. Muitos de nós vivemos em dois mundos, em um, pela fixação magnética biofísica, e em outro, pela atração magnética mental.]

 
A melhor preparação hoje para o amanhã pós-encarnacional, ou melhor, para o trespasse para uma condição melhorzinha no além-túmulo e no além-era, é nos esforçarmos sempre para nos elevarmos mentalmente para padrões de pensamento (e, por via de conseqüência, de sentimento e de ações) acima dos que temos atualmente. Ou seja, é nos desligarmos dos apegos e apelos mundanais, das ligações viciantes com as paixões animalizantes e instintualizantes, cuidando mais dos valores do espírito, da iluminação própria e alheia. Isso não implica obrigatoriamente ter de negarmos, sacrificarmos ou atrofiarmos de forma impositiva e precipitada as necessidades naturais do nosso corpo, mas, sim, satisfazê-las de modo a as usarmos como meios de apoio na ascensão e de fortificação da própria alma. [Cada um em sua faixa de tempo própria e com intensidade variável, de acordo com cada indivíduo, os instintos básicos do corpo físico hão de se refinar e se sublimar gradativamente, pari passu com a sutilização e aprimoramento das virtudes morais e com a consequente maior satisfatoriedade dos prazeres anímicos.]
Predispondo-nos a servir às altas esferas, como missionários aqui na Crosta, em qualquer tarefa, já estaremos dando um sentido útil à nossa permanência por aqui; já estaremos gozando das primícias da nova era planetária.
Depois que baixar a poeira da transição planetária, a própria Crosta, em grande parte, equiparar-se-á à dimensão da Arte, Cultura e Ciência, com presença maciça das influências da dimensão Amor Universal, e sob o comando mais próximo e diuturno da dimensão Diretrizes do Planeta.

E isso tudo há de nos felicitar a todos que perseverarmos, desde já e até o fim, fazendo com que todas as benesses dessas novas dimensões (ou “novos céus”, conforme prevê e espera Pedro II, 3:13)[1], povoem nossos pensamentos e nos fortifiquem a alma para o trabalho, que se faz cada vez mais urgente, na grande seara. Não importa para onde iremos no futuro. Importa anteciparmos o futuro que desejamos para o nosso presente. O “reino de Deus”, a que todos anelamos, está, antes de tudo, dentro de nós mesmos. É só despertamos a consciência crística no trabalho em favor do bem, que esse reino logo, logo, se faz sentir em nosso coração e em nosso derredor, ainda no presente. E este presente se fará infinitamente contínuo, à proporção que continuarmos sintonizados com a expectativa do Cristo em relação a cada um de nós, qual seja, a de muito trabalho iluminante.
 

[1] Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça
Josenilton kaj Madragoa
Enviado por Josenilton kaj Madragoa em 28/09/2013
Reeditado em 29/09/2013
Código do texto: T4501951
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