Meu pai

Hoje ele não me conhece tão bem. A idade chegou.. com ela o Alzheimer...

As lembranças dele se foram, tudo é rotina e momento... mas dentro de mim, tudo permanece vivo, constante, imenso.

Lembro-me dos beijos e abraços quando chegava do trabalho...

dos meus joelhos ralados e lágrimas percorrendo meu rosto... mas, também do colo, do consolo, da dor que passava com um beijo.

Vejo-o sentado no sofá, tentando descansar...tentando... pois logo que o via assim, queria subir em seu colo, me aconchegar em seu peito e chamá-lo de papai.

Tudo passa, mas o nosso amor, permanece.

Obrigada papai, por tudo que fez por mim. Pelo amor e dedicação que me preencheu os dias de alegria e me transbordaram a alma de paz.

Obrigada por ter sido sempre exemplo de trabalho, honestidade e palavra dada.

Parte do que sou, devo a você....

E hoje, mesmo que não possa sentir meu carinho, que não me reconheça como filha especial do coração, que às vezes nem se lembre que tem uma filha, eu o continuo amando.

Parabéns, papai.

Ana Teresa
Enviado por Ana Teresa em 11/08/2013
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