CASEBRES E PALÁCIOS
Havia em certa cidade um bairro inteiro construído de casebres, os quais refletiam nos seus ares coloridos e de simplicidade, uma característica de cada morador: alegria, paz, bondade, perdão, mansidão, generosidade. Admirados por todos, os moradores esforçavam-se fazendo a sua parte, para que a unidade continuasse sólida, e as amizades, sinceras.
No extremo leste da mesma cidade, havia um bairro de classe alta onde os palácios multiplicavam-se. Representavam, assim,
Uma característica de cada morador: tristeza, inquietação, maldade, rancor, ira, avareza. Por isso eram excluídos por todos os habitantes.
Para se tornarem acolhidos e aceitos, uniram-se, derrubaram os palácios e construíram casebres. Pensavam talvez que a aparência externa seria o fator determinante da rejeição. Mas continuavam rancorosos, maldosos e avarentos. Não puderam assimilar a essência dos casebres porque os palácios ainda estavam edificados em seus corações.
As aparências apenas aparentam o que não somos. São irrealidades, máscaras moldadas na hipocrisia e na presunção.
Portanto, se vocês ainda se sentem palacianos, habitando os casebres, só há uma maneira de tornarem-se casebrinos: o milagre do Espírito Santo.“Dar-vos-ei um coração novo e em vós porei um espírito novo; tirar-vos-ei do peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne”. Eis o segredo!
ALMacêdo