Reconhecendo.
Cheguei em casa a pouco, depois de ter passado dois dias na casa dos meus padrinhos. Qual a relação da minha viagem com os textos que escrevo aqui? Foi na casa deles que vi mais uma vez como as pessoas brigam e magoam-se por tao pouco e como todos nos, ate os mais precavidos, estamos expostos a erros.
Futilidades, fragilidades, frivolidades, pequenas verdades e falsidades. Coisas insignificantes que chegam a me enojar. Mas logo depois, sinto pena daqueles que se deixam levar por esse tipo de coisa. No fim, acabo vendo que muitas pessoas só dão importância a coisas sem importância, por não terem recebido o valor merecido ou o valor que achavam que mereciam. Elas passaram a se sentir como objetos de pouca utilidade, por isso não posso culpa-las por completo por estarem desgastando-se tao rápida e desastrosamente por motivos fracos e falsos.
Depois de ter a mente, o corpo e alma "usados" de maneira insatisfatória, costumamos dar valor as futilidades da vida por pensarmos que depois do sofrimento passamos a fazer parte delas. Ha pessoas que se apoiam nisso de tal forma que passam a serem odiadas por quase todos que estão a sua volta, inclusive, por ela mesma. Mas não existe nada que um pouco de carinho e boas horas com um bom ouvinte não resolvam.
Eu andava julgando os tais "seres não-importantes". Errei. Muito. Depois de ver o sofrimento de pessoas que amo, percebi que cheguei ate a ser cruel, colocando a culpa de tudo somente nos que davam valor as futilidades. E mais uma vez me peguei REaprendendo que não devemos julgar as pessoas só porque sabemos os seus nomes. Não sabemos os reais motivos. Não conhecemos a profundidade das feridas para que os outros apeguem-se em falsidades para conseguirem seguir com suas vidas sem maiores danos.
Portanto, vamos ser mais solidários e tentar, ao menos uma vez na vida, sentar, ficar em silencio e ouvir. Ouvir quem precisa falar/desabafar para deixar que a ferida sangre ate secar, fechar e cicatrizar.