Simplesmente, vasos?
O oleiro, com o seu dom criador, admira a sua obra de arte: Um lindo vaso. Pensativo, sente-se limitado...
Se o objeto criado pudesse ser vivente, receberia o sopro de vida, o espírito... acrescentaria-se a alma e o coração...
E o vaso teria a consciência de que foi feito para receber as flores, sem distinção de formas e cores.
Também, nas mãos do criador que a vida nos deu, somos vasos divinos... moldados com características físicas diferenciadas, mas igualmente selados como Filhos de Deus.
Muitos seres humanos esquecem de que não são diferentes, essencialmente... assim sendo, deveriam agir humanamente...
Ao contrário: Atracam-se... quebram-se...
Ignorando, maltratam-se...
Desonrando, matam-se.
Lavam as mãos sangrentas, manchadas pela insensatez, ignorância, crueldade, falsidade, traição, abominação...
Comportam-se diferentemente dos vasos sem vida, manuseados com o mesmo barro, nas mãos do artesão.
Como seres carnais, despidos das vestes espirituais, eliminam, maculam, mancham a centelha divina em si mesmos...
Pelo prazer sórdido de ver o vaso próximo trincando, tombando, despedaçando-se, esfarelando-se no chão frio do desamor e da dor...
QUANDO deveriam ser recipientes que enchem-se, acumulam...
E doam Amor... como vasos que recebem e ofertam flor.
Rosas de Rose