O Predador

Andando pelas ruas hoje de manhã,

Notei debaixo de uma árvore

Um pequeno ninho caído ao chão

Refleti no por quê, e não entendi

O ninho estava inteiro e novo

Segui meu caminho, e mais a frente

Deparei com o mesmo quadro

Enquanto pensava a respeito

Ouvi o alarido de passarinhos

Ergui os olhos e vislumbrei

Numa árvore maior, um gavião

Garboso, seguro, despreocupado

Alheio ao desespero das avezinhas

Fiquei imaginando em como deve ser

A vida de quem destrói vidas para sobreviver

Mas é o instinto natural de todo predador

Lembrei-me porém, de que há pessoas assim

Que mesmo na fraqueza conseguem

Figuradamente devorar as mais frágeis

Sugando-lhes a vida, os sonhos, revigoram-se

E se restar alguma coisa, pisam e destroem,

Sinceramente, deve ser frustrante,

Ostentar poder, segurança, altivez,

Alicerçados, na destruição dos semelhantes,

No mundo animal, é instinto

Entre os humanos, é perversidade

Não ficará impune, pode ter certeza.

A Carlos Borges
Enviado por A Carlos Borges em 18/07/2013
Reeditado em 18/07/2013
Código do texto: T4392291
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