Momento da encarnação
Quando nasce uma pessoa, ou seja, um Espírito que reencarna, a perturbação que se segue ao nascimento é muito maior e mais longa que a pessoa experimenta ao desencarnar. Ao nascer, o Espírito entra em uma escravidão, e na morte ele abandona a escravidão.
Ao nascer o Espírito entra numa travessia perigosa e não sabe se sairá vitorioso. E como o navegante que embarca, se expõe às tribulações da vida, mesmo conhecendo as provas a que vai ser submetido, mas não sabe se fracassará.
Para o Espírito a morte do corpo é como um renascimento, a reencarnação é uma espécie de morte. O Espírito sabe que vai encarnar, da mesma maneira que o homem sabe que vai morrer. Exatamente como o homem só tem consciência da morte no momento extremo, também o Espírito só tem consciência da reencarnação no momento determinado, e nesse momento que começa a perturbação, e persiste até que a nova existência esteja formada. Os momentos que antecede a reencarnação é uma espécie de agonia para o Espírito.
É uma ansiedade muito grande, pois não sabe se vai conseguir passar pelas provas dessa existência, que adiantarão ou retardarão seu progresso na vida espiritual, a verdadeira vida.
A união começa na concepção, mas só se completa no instante do nascimento. O Espírito designado para habitar aquele corpo, se liga a ele na concepção por um laço fluídico. E cada vez mais vai apertando e estreitando até o nascimento da criança. O grito da criança anuncia que faz parte dos vivos.