Penas e gozos futuros
Qualquer valor que damos à nossa vida sabemos que é bem curta e, precária, pois pode ser interrompida a qualquer momento. Sabemos, também, que nada podemos levar com ela, a não ser as virtudes, a inteligência e a identidade. O que acontecerá depois do momento fatal?
A idéia do nada causa espanto ao homem, pois não se trata apenas de alguns dias, mas para toda a eternidade. Como não se preocupar com isso? O homem sempre fica na expectativa, perguntando o que será feito de mim?
Acreditar em Deus e não acreditar na vida futura, seria um contra-senso. O sentimento de uma vida melhor está no foro intimo de todos os homens e Deus não o pôs ali em vão. A vida futura implica a conservação da nossa individualidade. Não poderia Deus permitir que nossa essência moral tivesse que se perder na eternidade.
É claro que essa vida futura vai depender da responsabilidade dos nossos atos aqui. A felicidade que todos os homens aspiram, não pode ser confundida. Deus não vai querer que uns gozem sem nada produzir e que outros só alcancem com esforço e perseverança.
A ideia que fazemos Deus nos dá de sua justiça e de sua bondade, pela sabedoria de suas leis, não permite que o justo e o mau estejam no mesmo plano aos seus olhos, e cada um receba a recompensa e o castigo pelo mal que tiverem feito. É por isso que o sentimento de justiça, nós dá a idéia do que nos espera no futuro.